Nos últimos 31 dias, sempre que eu colocava os pés na soleira do meu apartamento, estava adentrando uma zona sem telas. Sem televisão. Sem computador. Sem celular. Vish!Eu e meu parceiro discutimos essa ideia no fim do ano passado, como uma versão digital do "janeiro seco" — período em que muitos ébrios de carteirinha renunciam ao álcool. Havíamos nos resignado a hábitos insalubres e desconfortáveis, como jantar toda noite de frente para a televisão. O objetivo era nos forçar a dar um tempo.Acontece que nós dois somos jornalistas e, assim como em muitas profissões atuais, não podemos largar as telas assim, como se nada fosse. Vivemos entre computadores e smartphones, o dia todo, para trabalhar e manter contatos. Mas em casa, em nosso espaço particular, poderíamos estabelecer as nossas próprias regras. Pois foi o que fizemos. Era simples, mas severo:
- nada de televisão
- nada de computador
- nada de celular