Não queremos que te falte nada, por isso, todas as semanas, em parceria com a Moleskine - marca representada em Portugal pela Livraria Arquivo - sugerimos-te um guia para as coisas que acontecem por aí e que tens mesmo de apontar na agenda.Esta semana apontamos baterias ao teatro, à fotografia, à música, aos livros e aos debates. Não deixes que o sofá seja mais forte…Primeiro vê-se o documentário realizado pelo colectivo Left Hand Rotation, TERRAMOTOURISM, depois há um debate aberto, com a participação de Margarida David Cardoso (Público) e do Fórum dos Cidadãos.O filme é um retrato subjectivo da cidade de Lisboa e da sua transformação ao longo dos últimos seis anos e o evento ocupa o espaço do Lisboa Vadia, hoje á noite, a partir das 21h00.
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No Teatro da Politécnica, de 11 de Janeiro a 25 de Fevereiro, os Artistas Unidos levam a cena A Estupidez."Peça-catástrofe de Rafael Spregelburd para um tempo estúpido, em que ninguém se ouve. Pode a razão adaptar-se? Ou devemos conservá-la pura, como a própria catástrofe?".Há quanto tempo não vais ao teatro?A temporada UTOPIAS, decorre em Janeiro e Fevereiro no teatro Maria Matos. Em destaque já esta semana está a conferência/debate de Alexei Yurchak, onde se irá abordar o conceito de hipernormalização, que deu origem ao documentário de Adam Curtis que, recentemente, chamou a atenção de muita gente.No livro Everything Was Forever, Until It Was No More: The Last Soviet Generation, Alexei Yurchak, professor de Antropologia na Universidade da Califórnia, Berkeley, usa este paradoxo como ponto de partida para a análise da vida soviética durante o período do "socialismo tardio"."Por um lado, a imagem do socialismo que emerge neste livro é muito diferente dos estereótipos que reduzem a realidade soviética a um simplismo binário: estado de opressão versus resistência popular, cultura oficial versus não oficial, linguagem totalitária versus linguagem privada, mentira pública versus verdade escondida. Por outro, o próprio conceito de hipernormalização que Yurchak introduz, revela-se potencialmente útil para análise de outros sistemas políticos, como comprovou o célebre documentário de Adam Curtis, HyperNormalisation, estreado em 2016".
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Nesta conferência, Alexei Yurchak discute os argumentos principais do seu livro, estendendo esta reflexão à análise do capitalismo contemporâneo. Uma parceria entre o Teatro Maria Matos e o Instituto de História Contemporânea, da Universidade Nova de Lisboa, no âmbito do programa em torno do centenário da Revolução de Outubro.
A Pequena Galeria apresenta, entre os dias 12 e 28, as Coisas Simples, de Francisco Feio. "Este trabalho é parte de uma reflexão sobre a natureza da imagem fotográfica que nasce exclusivamente no domínio da tecnologia digital. Habituado naturalmente ao filme e à prata, apesar de toda a desconfiança com que olhei para a mudança, nunca desprezei ou menorizei as ferramentas que se iam colocando ao nosso dispor na criação de imagens sejam elas puramente fotográficas ou não, simples ou complexas", explica o autor.E acrescenta: Não cabe aqui discutir os méritos e qualidades (que existem) de uma em relação a outra, mas sim a exploração das possibilidades de imagem que os novos dispositivos tecnológicos nos permitem. Pessoalmente interessa-me, entre outras coisas, entender como uma tecnologia plana (aqui no sentido em que não tem dimensão material) simula a espessura da matéria fotográfica, aquilo que aparecia entre os diversos planos, o volume ainda que ínfimo, físico, do negativo; o grão".
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A Escada de Istambul, o novo livro de Tiago Salazar, conta a extraordinária saga dos "Rothschild do Oriente". O escritor resgata do esquecimento várias gerações desta família e compõe, a partir de factos e documentos reais, uma ficção na qual ele próprio deambula como personagem.No espaço cultural leiriense, o autor vai contar tudo o que há para saber sobre a obra.Cartaz duplo, petiscada e concerto. A proposta não podia ser melhor. Na Rua das Gáveas 6, o ciclo No País do Cinema organiza uma sessão especial de boas-vindas ao Ano Novo. "Double Bill", inclui Os amores de uma loira, de Miloš Forman e John From, de João Nicolau, um petisco partilhado e um concerto de Ninaz. Queres ir? Então leva algo para comer e partihar!O projecto No País do Cinema é uma parceria entre Os Filhos de Lumière, em Lisboa, o Cinema Fora dos Leões, em Évora e a Cinemateca Portuguesa, tem o apoio do ICA e "surge da vontade de dar a conhecer a arte cinematográfica como meio de expressão, de conhecimento, de intervenção, de partilha e de diálogo com os outros, e de fortalecer laços entre a comunidade onde estas entidades estão sediadas".
A linha da frente da música electrónica está no primeiro concerto do ano no gnration, em Braga. O britânico Vessel junta-se ao português Pedro Maia e a coisa promete. Muito."Influenciado tanto pela herança dos fortes graves da cidade de Bristol, como pelos sons emergentes, Vessel, 24 anos, cria música excitante e inclassificável. Da EBM (electronic body music) de Nylon Sunset EP, do boogie distorcido de Wax Dance, ao mais recente álbum, tingido de industrial, Court Of Lions, há um poder único de ritmo e uma inegável musicalidade a funcionar nas suas produções".
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"Oriundo de Vila do Conde e a residir em Berlim, o realizador Pedro Maia centra o seu trabalho no cinema analógico, explorando as potencialidades deste formato e expandindo a herança estética e tecnológica do processo de trabalho com material de 16 mm e 8mm. Para além dos seus filmes, apresentados em diversos festivais e galerias um pouco por todo o mundo, Maia tem colaborado com vários músicos onde, entre outros, se incluem nomes como Panda Bear, Fennesz, Lee Ranaldo ou Demdike Stare". Imperdível.
É a primeira agenda conjunta de teatros do concelho de Lisboa. Grátis e sem publicidade, está disponível na página EmCena.pt e tem aplicação para Android e Iphone."O objectivo é concentrar toda a informação sobre as dezenas de espetáculos teatrais no concelho de Lisboa, sendo que há dias com 15 apresentações diferentes", explicam os responsáveis pela iniciativa.