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A estudante Maria Eduarda foi atingida por balas de fuzil

Durante tiroteio, três tiros atingiram a estudante de 13 anos dentro da escola, na aula de Educação Física. Advogado da família afirma que responsabilidade de indenização é do Estado.

**Imagem ilustrativa. Foto: **Fábio Teixeira/ VICE originalmente feita para esta matéria

Após forte comoção e dolorosa despedida durante o sepultamento de Maria Eduarda Alves da Conceição, estudante morta na última quinta (30), que foi atingida com três tiros no interior da Escola Municipal Daniel Piza, em Fazenda Botafogo, na zona Norte do Rio de Janeiro, a perícia da Delegacia de Homicídios (DH) concluiu que as munições que atingiram a estudante são de fuzil calibre 7.62.

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Como informa o G1, a Polícia Militar usa o Fuzil Automático Leve (FAL), enquanto os traficantes costumam usar o fuzil AK-47. O delegado responsável do caso, André Leiras, comentou que "não há que se falar que os policiais militares agiram no estrito cumprimento do dever legal, pois em momento algum o ordenamento jurídico autoriza os agentes do Estado a ceifar a vida de criminosos que já estejam neutralizados".

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Os dois sargentos que estavam cumprindo uma operação de combate aos traficantes prestaram depoimento ao DH. A ação dos policiais quando cercaram e executam dois bandidos próximo a escola foi registrada por moradores e a Justiça do Rio decretou a prisão preventiva dos PMs.

O advogado João Tancredo, que dá suporte à família da estudante Maria Eduarda a pedido do Movimento Rio de Paz, entrou com uma ação indenizatória contra o Estado. Segundo Tancredo, é irrelevante saber a origem dos disparos que atingiram a jovem, pois na medida em que há agente público envolvido no confronto, o Estado passa a ter responsabilidade, como noticiou a Rede EBC.

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