Eles tinham mesmo saudades do suor do Porto. Um estuda lá, os outros adoram-no, talvez por terem sido tão bem recebidos no início da carreira. São directos, simples no rodeio. Saltam para o palco assim mesmo, com uma garra que os caracteriza, cheia de juventude, agora mais madura. Um Turbo Lento.
Ouviram-se feras dos tempos do "Olhos de Mongol", bem como as composições do novo álbum — canções como "Volta" e "Ratos" encaixaram plenamente no ambiente do concerto, um Maus Hábitos a abarrotar. Mas não deixaram de parte o amor por uma "Territorial Pissings" do trio de Seattle, um desabafo, ali no meio.
Na voz do André transporta-se o sentimento — que outros também cantam — nas guitarras grita-se, no baixo descomprometido e vivo da Cláudia constrói-se a base e a bateria animalesca e incrível do Hélio torna-se a auto-estrada. Houve tempo para tudo, até para intrusos no palco.
Mente quem disser que não desceu os quatro pisos do Maus Hábitos a trautear os célebres versos de "Cem Metros Sereia". Ou isso, ou então ficou sem voz.
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