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Música

Canções que salvam vidas: Old Jerusalem

Semanalmente, deixamos por aqui um desses bocadinhos de lírica e melodia que têm a capacidade de salvar-te o dia.

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Francisco Silva. Fotografia de Leonel Sousa.

Está a chover que se desunha. Está um calor infernal. É sexta-feira e estás em pulgas para a rambóia logo à noite e para fritares a molécula. Por outro lado, é sexta-feira, estás em pulgas para a rambóia logo à noite e para fritares a molécula, mas não tens guito. Não te apetece ir trabalhar. Não te apetece estudar. Vais é dar uma volta pela cidade. Espera, está a chover. Pronto, vais ver o mar, que está um calor diabólico. Alto, que isto está cheio de turistas e não dá para ir a lado nenhum. Nunca mais chega a Primavera! Primavera é que não, que é só alergias.

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Um gajo nunca está contente. Se não é do cu é das calças. O que vale é que, como toda a gente sabe, há canções que salvam vidas (os Smiths cravaram-no a letras de ouro no cancioneiro pop para toda a eternidade). Semanalmente, e para que a tua vida ganhe um novo sentido e encontres a salvação possível, deixamos por aqui um desses bocadinhos de lírica e melodia (ou ruído e grunhidos selvagens, conforme a disposição) que têm a capacidade de em pouco mais de três minutos te salvarem, se não a vida, pelo menos o dia.

Hoje, fazêmo-lo com um regresso. Depois de um período de interregno desde o último álbum homónimo editado em 2011, Old Jerusalem, projecto de Francisco Silva, volta às edições discográficas com "A rose is a rose is a rose", o seu sexto trabalho de longa duração, com lançamento a 11 de Março.

Por contraponto ao anterior "Old Jerusalem" (PAD, 2011), integralmente composto e interpretado pelo músico portuense, "A rose is a rose is a rose" retoma a colaboração com outros artistas, com destaque para o trabalho desenvolvido com Filipe Melo, responsável pelo piano e arranjos de cordas do álbum e um verdadeiro e empenhado cúmplice na delineação do seu rumo estético do trabalho. A ele juntam-se colaboradores habituais (como o produtor Paulo Miranda e o baterista Pedro Oliveira), bem como os contributos pontuais de Petra Pais e Luís Ferreira, dos Nobody's Bizness, na voz e guitarras, respectivamente, e o quarteto de cordas de Ana Pereira, Ana Filipa Serrão, Joana Cipriano e Ana Cláudia Serrão.

Pela amostra deste primeiro single, "One Dusty Light", "A rose is a rose is a rose" traz-nos uma versão de Old Jerusalem mais expansiva, mais luminosa, ampla e, como sempre, bonita e focada no formato canção clássica. Podem apanhá-lo ao vivo em Abril, com concertos no dia 2 na ZDB, em Lisboa, a 8 no Maus Hábitos, no Porto, e a 16 no Teatro Gil Vicente, em Barcelos.

Até lá, salvem-se!