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A ciência diz que há uma forma mais rápida de encontrar o Wally

O prazer de encontrar o Wally está na viagem e não no destino. Ainda assim...

Este artigo foi originalmente publicado na nossa plataforma The Creators Project.

De certeza que também tu já estiveste entretido durante uma tarde inteira, absorto nas paisagens a abarrotarem de situações delirantes, em busca do esguio personagem com o tão conhecido gorrinho às riscas, óculos redondos e bengala de madeira.

No entanto, a cena mais fixe de Onde está o Wally? talvez sejam os outros personagens, não tão escondidos, que, inevitavelmente, descobrimos nas ilustrações disparatadas de Martin Hadford, enquanto tentamos dar com o protagonista do livro, sempre à espera que chegue o momento de glória em que espetamos o dedo indicador sobre a página e gritamos: "Está aqui!".

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Passei muitas horas a olhar para as páginas destes livros, dividindo-as em pequenos quadrados diferentes para acelerar o processo de busca, pensando sempre que deveria haver uma forma mais precisa de optimizar a exploração. Agora, graças ao trabalho do cientista informático Randal S. Olson, existe mesmo uma outra forma.

A forma mais rápida de encontrar o Wally. Imagem cortesia Randal Olson

Depois de descobrir as lacunas numa popular estratégia, o cientista informático começou a utilizar "todos os truques de aprendizagem automática que tinha em mãos, para calcular a estratégia de busca perfeita para encontrar Wally". Utilizando a informação dos 68 locais em que encontramos o personagem em cada uma das páginas dos sete livros de Hadford, Olson pôs mãos à obra utilizando o problema do caixeiro-viajante. Mas, rapidamente percebeu que seguir esta pista poderia ser um desafio bem mais complexo do que imaginava.

"Esses 68 pontos podem organizar-se em 2.48 x 1096 formas diferentes. Para teres uma ideia, é um número maior que a quantidade de átomos que existe no Universo. A quantidade de formas de organização possíveis é tão elevada que, para encontrar o Wally, este problema teria de converter-se em prioridade internacional e o Mundo inteiro teria de unir-se para utilizar os 8,25 milhões de processadores dos 10 maiores super-computadores do Planeta para que fizessem o trabalho e, mesmo assim, demorariam 9.53 x 1077 anos, (cerca de ~6,35 x 1067 a idade do universo), para poderem avaliar de forma exaustiva todas as combinações possíveis", explica Olson.

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No entanto, utilizando o conhecido algoritmo genérico, Olson encontrou uma forma quase perfeita para optimizar o tempo de busca. O cientista propõe três passos para ajudar aqueles que estão dispostos a encontrar o Wally em tempo recorde:

1. A parte inferior da página esquerda é um bom sítio para começar. Se não encontrarmos o Wally na metade inferior da página esquerda, então não o encontraremos em nenhum lado da página esquerda.

2. O canto superior da página direita é o segundo melhor sítio para procurar. Parece que o Wally prefere esconder-se no canto superior da página direita.

3. Seguindo este raciocínio, vê também na metade inferior direita da página direita. O Wally também sente uma especial aversão à metade inferior esquerda da página direita. Quando já tiveres percorrido todos os outros pontos "quentes", então dá uma vista de olhos neste último lugar.

De qualquer forma, Olson acredita que, "a não ser que te apontem uma pistola à cabeça para que encontres o Wally mais rápido que o teu colega do lado", o prazer de encontrar o Wally está na "viagem e não no destino". Ainda assim, é fascinante como nem mesmo os personagens dos livros podem esconder-se das malhas da "Big Data".

Visita o site de

Randal S. Olson

para saberes mais sobre esta coisa de encontrar o Wally num piscar de olhos.