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Crónicas Lxxx - Prólogo e primeiro episódio

Uma amiga de uma amiga pediu-me para ficar uns tempos lá em casa, e como tinha um quarto vago disse-lhe que não havia problema.

Prólogo

Uma amiga de uma amiga pediu-me para ficar uns tempos lá em casa, e como tinha um quarto vago disse-lhe que não havia problema.

Um dia, ao chegar a casa depois do ginásio (quando terminei a minha relação tive de preencher rapidamente o meu dia, cada momento de pausa era sinónimo de um momento de angústia) a amiga da amiga chamou-me à cozinha e apresentou-me o Pedro, que por sua vez me perguntou se podia lá dormir uma noite, pois o amigo com quem partilhava casa tinha convidado uma amiga para lá ficar.

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O Pedro tomou conta da conversa, emanava confiança e verborreia. Era psicólogo mas como não conseguiu emprego na área, por isso era Dj numa discoteca e nalguns bares.

Depois de uma garrafa de vinho decidi retirar-me e como a minha cama era maior que a do outro quarto perguntei-lhes se queriam dormir lá os dois. A amiga da amiga abriu os olhos e com uma cara de pânico acenou-me discretamente que não. Preparei o sofá da sala para o Pedro e fui dormir, não que dormisse muito nessa altura, de vez em quando a noite dava lugar ao dia enquanto revisitava acordado o meu passado recente, a sua cara, as suas palavras, o seu corpo…

No dia seguinte, à hora de almoço, ligou-me a amiga da amiga algo chateada a dizer-me que não devia ter sugerido a minha cama, porque o Pedro era um tarado sexual e não a teria deixado em paz durante toda a noite…

Passados uns dias o Pedro perguntou-me se podia alugar o quarto vago, e foi que assim que a minha casa se transformou num lugar de passagem de rostos, de histórias, de gritos…tempos felizes.

Taras e Manias

No dia em que o Pedro se mudou tive uma sessão de sexo naquele que seria o seu quarto. Por vezes usava esse quarto pois tem um móvel antigo que me dá pela cintura e me permite fazer muitas posições. Sempre gostei de usar mesas e bancos…gosto de ver o corpo da mulher estendido e esse tipo de móveis permite-me olhar e acariciar o corpo da mulher ao mesmo tempo que a penetro.

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A rapariga com quem estive tinha uma ejaculação feminina abundante, tive a sorte de ter tido algumas mulheres com esta capacidade, e sempre me excitou bastante. Acabámos pouco antes do Pedro chegar e o quarto tinha ficado inundado, éramos a esfregona e eu contra o tempo…

Nesse mesmo dia o Pedro perguntou-me qual era a password da net. Disse-lhe que não tínhamos, e perguntou-me como é que fazia, ao que respondi que, de vez em quando, conseguíamos "apanhar" a net do vizinho e que chegava. Mas não era isso…ele queria saber como é que eu fazia para me masturbar sem internet…disse-lhe que com alguma imaginação. (Na altura vivia no dilema de tentar não me masturbar a pensar na minha ex-namorada, sentia-me preso a ela…demorei um tempo até conseguir).

Ainda essa semana, ao chegar a casa, o Pedro chama-me excitado a dizer que tem uma surpresa…"Já temos internet!"…e queria mostrar-me os terabytes de pornografia que estava a sacar.

Na altura pensei que, um dia, alguém da Policia nos prenderia por downloads excessivos de pornografia. Eram vídeos de casais, sexo a três, dois casais, orgias, lésbicas, inter-raciais, castings, gang bangs, masturbação, amadores, de famosas, morenas, loiras, videos americanos, asiáticos, brasileiros, indianos, checos, alemães, suecos e os mais preciosos…os tugas.

O Pedro contou-me que tinha uma colecção de pornografia amadora tuga e que essa era a única que guardava e coleccionava, pois segundo ele, tudo o que é tuga desaparece num instante.

Sem contar, claro, com a colecção de vídeos em que o Pedro é o actor principal…

(Não percas o próximo episódio, porque nós também não).