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Entretenimento

O México defende a liberdade de imprensa, enquanto enterra jornalistas

O país da América Latina com o maior número de jornalistas assassinados é, paradoxalmente, o número um, no que diz respeito à forma como a população apoia a liberdade de expressão e a liberdade de imprensa.
Foto por Sáshenka Gutiérrez/EPA

Este artigo foi originalmente publicado na VICE News Espanha.

O México é o país da América Latina com o maior número de jornalistas assassinados, mas, paradoxalmente, de acordo com um estudo realizado pelo Centro de Investigação Pew, é também a nação número um, no que diz respeito à forma como a população apoia a liberdade de expressão, a liberdade de imprensa e o direito à utilização da Internet sem censura governamental.

De acordo com os dados recolhidos através de um inquérito sobre Liberdade de Expressão, realizado em 38 países de todo o Mundo [Portugal não faz parte do estudo], o México ocupa o quarto lugar do ranking mundial no apoio à liberdade de expressão, com 5,4 pontos, num máximo de oito. Os mexicanos estão apenas abaixo dos Estados Unidos, que estão no primeiro lugar, com 5,73 pontos, seguidos pela Polónia, com 5,66 e a Espanha, com 5,62. Por outro lado, os países latino-americanos abaixo do México, são a Venezuela, com 5,17 pontos, a Argentina, com 4,83, o Peru, que chega aos 4,63, seguido por Chile e Brasil, com 4,58 e 4,48, respectivamente.

O relatório realça que a América Latina é, também, a região que mais apoia a imprensa livre na região, já que pelo menos seis em cada 10 pessoas na Venezuela, Argentina, México, Chil e Peru, pensam que os meios de comunicação devem ser capazes de publicar temas sensíveis sobre a segurança nacional. Isto, ao contrário de países como o Reino Unido, Estados Unidos, Candá e França, onde a maioria partilha a opinião de que os governos devem ser capazes de evitar estas publicações.

Por fim, o estudo inclui dados sobre os Princípios Fundamentais da Democracia, que reflectem que 74 por cento da população mundial acredita que é muito importante que as pessoas possam praticar as suas religiões livremente, enquanto 65 por cento opina que é da máxima importância que as mulheres tenham os mesmos direitos que os homens.

SegueMartín Andrade no Twitter: @godomarto