S. Pedro lembrou-se finalmente que é Julho, e vocês já devem estar a tremer com o calor tórrido, a desejar dar um pontapé no rabo do patrão e fugir para a praia, para a esplanada ou para o jardim. Eis mais cinco razões para terem marcado férias para o fim do mês, em vez de se amontoarem em redor do ar condicionado.TEETH OF THE SEAE se o mundo se espelhasse a si mesmo? Imaginem que, no centro da Terra, onde homem algum sobrevive à pressão das mais de 20 mil léguas (como se a pressão de viver não fosse suficiente), o imenso breu reflecte as estrelas e os sonhos espaciais. Imaginem que o núcleo terrestre é, afinal, uma estrela em ebulição, e tudo em seu redor, uma aveludada e ruidosa aventura à espera de exploração. Os dentes de um mar que encerram uma boca cheia de pérolas.THE LAY LLAMASLíderes espirituais de uma seita reclusa algures entre as brisas quentes que agitam as árvores africanas e okraut regado pelo Mediterrâneo, os The Lay Llamas reclinam-se no trono da envolvência musical e fazem-na ecoar de forma perpétua e claustrofóbica, retirando-nos o ar, pouco a pouco.JAMBINAI
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Um artesão pode ambicionar ser tão bom quanto as suas ferramentas. No caso dos coreanos잠비나이,nome de código Jambinai, os limites a que se impõem na verdade libertam-nos, ao fazerem uso de instrumentos tradicionais coreanos (entre violas de arco de forma arcaica e cítaras complexas) e misturá-los com outros como guitarras eléctricas, adquirindo uma sonoridade melódica que mistura o melhor de dois mundos.THE GLOCKENWISENativos da cidade do galo e do Xispes, os Glockenwise são bandeira hasteada dorock sem merdas e da geração Lovers & Lollypops, aquela pequena grande editora que além de criar o próprio Milhões também lançou bandas como os Black Bombaim ou os Long Way to Alaska. Os joviais amantes da ganga jogam portanto em casa e regressam este ano ao festival que também é seu, depois de no ano passado terem feito de guias turísticos, sendo de referir que o grande pequeno Nuno Rodrigues mostrará também reportório a solo na piscina, enquanto Duquesa.EQUATIONSVolta Zezé!, ouve-se a internet. Ninguém sabe se um dia voltaremos a ver um perfil de rede social com este nome, senão o próprio. Mas ele ali está, no mundo real, duro e sem piada, segurando o baixo e orientando o ritmo dos Equations, a guedelha que lhe é característica a tapar-lhe o rosto. Mas isto não é uma ode, é uma equação, a que faltam as parcelas dos gritos do Bruno, a contemplação do GD, as pirotecnias do VT, o bigode sublime do Zé Pedro. Tudo misturado no rock desgovernado de forma calculada da banda do eixo Norte-Sul.