É uma manhã de sábado como outra qualquer numa estação de metro da Cidade do México. Os membros do Panamiur, um gangue local, vêem um membro de um combo rival do outro lado da plataforma e começam a insultá-lo com canções em que as letras falam de violar a sua mãe. Riem-se orgulhosos, deixando os restantes passageiros apreensivos. Para estes gangues juvenis, formados por reggaetoneros que não têm mais de 20 e poucos anos, as estações de metro são o seu habitat natural. Cidel, o líder do combo, diz-me que os Panamiur se juntam pela música e pela amizade, mas a generalidade das pessoas só vê putos que cheiram cola, que fazem gestos suspeitos com as mãos e que gritam obscenidades. As autoridades estão de olho neste fenómeno cultural para-criminoso e a comunicação social também. Mas os combos não parecem ser assim tão perigosos.