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5 de Nossos Cocainômanos Brasileiros Preferidos

Pra terminar nossa semana da COCAÍNA, nada mais justo que listar alguns dos nossos farinheiros brasileiros preferidos. Daí que, óbvio, ficaram de fora políticos alagoanos ou mineiros, velhos lobos do rock'n'roll com incontinência verbal ou atores em...

Pra terminar nossa semana da COCAÍNA, nada mais justo que listar alguns dos nossos farinheiros brasileiros preferidos. Daí que, óbvio, ficaram de fora políticos alagoanos ou mineiros, velhos lobos do rock'n'roll com incontinência verbal ou atores em fim de carreira [RISOS]. Vê aí se são flor que se cheire.

JOÃO DO RIO

Pseudônimo de João Paulo Emílio Cristóvão dos Santos Coelho Barreto, um dos mais importantes jornalistas e cronistas da sua época, a República Velha. Chegou a ser aceito na Academia Brasileira de Letras. Além de cocainômano, era mulato e homossexual--durante a república velha, o que significa que ele era muito mais macho que você. Falava do underground muito antes de o underground se chamar underground. Junto de contemporâneos, registrou em seus relatos e contos a época em que o uso da droga chegava ao Brasil como um modismo cosmopolita europeu e o pó era vendido em farmácias. Morreu de infarto, obeso. Diz-se que mais ou menos 100 mil pessoas compareceram pra prestar as últimas homenagens.

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JARDEL

Assumiu o vício em pó numa entrevista para o Esporte Espetacular em 2008. “Errei começando a andar com as más amizades. Primeiro veio a separação, depois a depressão e, então, a droga”, se explicou na época. E, apesar de não se achar "exemplo para nenhuma criança”, merece figurar aqui. Primeiro que o apelido dele já foi Super Mário -- graças à impressionante impulsão que o levou a marcar muitos gols de cabeça aliada ao seu nome de batismo, Mário Jardel Almeida Ribeiro. Segundo que ele foi do Ferroviário (CE) ao Porto (Portugal), onde virou ídolo e conquistou vários títulos, não sem antes trazer para o grêmio a taça da Libertadores da América e também ter sido convocado pra seleção várias vezes. Terceiro: trollou master o Palmeiras, time pelo qual chegou a ser contratado, mas nunca entrou em campo.

HÉLIO OITICICA

Se cheirou não temos absoluta certeza, mas um de seus trabalhos se chama Cosmococa e qualquer nascido ontem já ouviu o lema "seja marginal, seja herói"  (que por acaso é dele, caso você seja de fato mais idiota do que pensávamos). Ou seja. Fora que o pau dele parece ser grande, olha a foto.

FERNANDA TORRES

OK, ela já foi casada com o Pedro Bial e foi corneada pelo Gerald Thomas, mas n'O Que É Isso Companheiro ela tá gata, e apesar do gosto sofrível para homens, merece estar aqui--mesmo porque revolucionárias, se não uma conquista, ao menos sempre valem uma punhetinha. Começou na maconha e foi parar na cocaína, na qual se escarafunchou "por anos", ainda que "babona" pra subir o morro e comprar a própria droga. "Eu cresci numa época em que a cocaína era dominante na sociedade, no mundo todo. E cocaína é uma droga horrorosa, talvez o pior demônio, um horror. Vi amigos embotados", chegou a dizer em entrevista para a IstoÉ em 2009. Parou. Agora talvez sobreviva e chegue aos 213 anos, como a mãe.

NENÊ ALTRO

"Não digo que deste pó não mais cheirarei, mas não quero mais ser viciado" -- Altro, Nenê (2009)

TEXTO POR EQUIPE VICE
IMAGENS: REPRODUÇÃO