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Per Englund: Eu vivo de férias. Me demiti em janeiro, então agora estou só fazendo fotos. Tive sorte o bastante por conseguir alguns trabalhos que pagassem minhas contas, mas a maior parte do tempo passo trabalhando no meu livro novo.Que é sobre o quê?
Chama Life in Sweden: the Complete Four Seasons e, como dá pra perceber pelo título, é composto de instantâneos da minha vida na Suécia com uma certa mudança de estações como plano de fundo. Estou trabalhando nisso há três anos, e deve ser lançado lá pelo o outono. Me dediquei muito nos livros anteriores, pra ter certeza que eles seriam algo que dos quais eu pudesse me orgulhar no longo prazo – passei cinco anos em Life Goes On, por exemplo, mas não sei se ainda vou gostar dele daqui a cinco anos.
Nada, essa parte é ótima. Eu faço a seleção, então estou no controle. Tenho tirado fotos de vários dos meus amigos, então tenho que pedir autorização de todos eles antes de publicar qualquer coisa.A sua namorada está de boa com o fato de todo mundo ver as tetas dela?
No final isso diz respeito à ela, mas tirar essas fotos nunca foi um problema. Ela fica mais possessa se eu não tirar fotos dela.
Nada demais? Tipo, são uvas de plástico em um cálice de prata em cima de uma requintado criado de carvalho com papel de parede real de fundo. Tirei em fevereiro em uma mansão na província de Småland, onde o rei e a rainha se hospedam sempre que visitam a região. Fiquei bastante chocado por eles terem tanto mau gosto e usarem uvas de plástico como ornamento.
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Na verdade eu não gosto de comer frutas, mas amo tirar fotos delas. Gosto das cores e das formas.Você não gosta de frutas? Que tipo de gente não gosta de frutas?
Eu até como maçã verde, mas só descascada. Eu também gosto de bananas assadas mergulhadas em chocolate com sorvete de baunilha.
Peras. Amo a forma delas. E uvas. São tão clássicas.Você alguma vez já escorregou na casca de uma banana ou teve algum outro acidente enquanto fotografava?
Já! Fotografei algumas frutas para uma revista australiana chamada Condiment com Anders Jandér, diretor de arte com quem trabalho, para o qual fomos, no meio da noite, a um playground onde todos os escorregadores e gangorras eram frutas, e começamos a fazer umas instalações estranhas de frutas. O parque também tinha um chão meio fofo, então ficamos jogando frutas no chão e fazendo muito barulho até que alguém chamou a polícia. Estava prestes a tirar uma foto de uma instalação de fruta linda, que tinha todos os tipos de frutas penduradas e balançando por todos os lados, quando o policial chegou por trás de mim. Eu estava tão concentrado no meu momento que empurrei ele pra trás e continuei tirando fotos.
Não! Só voltou com outro policial e gritou enquanto a gente estava lá com um monte de frutas pingando por todos os lados. Uma hora conseguimos convencê-los de que éramos da paz.
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É bem pacífico. Dá pra aproveitar o tempo e estar no controle da composição e do equilíbrio. Ainda é desafiador porque é difícil fazer a natureza-morta parecer interessante. É como meditação, ou como lavar um monte de pratos à mão: assim que começa você se concentra.
Sempre gostei das limitações das câmeras pequenas porque elas permitem que você foque no que é importante. Comecei a tirar fotos com uma Fuji 35 mm compacta. Depois meu pai me apresentou à sua Pentax SLR. Mas desde a Canon G-7 surgiu, em 2007, fui fisgado por toda a série G.Tenho uma última pergunta: você acha um saco o fato de um fotógrafo porcaria ser dono do domínio Perenglund.com?
Agora estou acostumado, mas já foi um pé no saco. Sempre que meu nome aparecia em algum lugar as pessoas linkavam para esta página, ao invés da minha. Até ofereci uma grana pro cara me vender o site, mas ele recusou. Estou pensando em roubar o design dele para minha página e botar fogo na confusão.Boa.