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Identidade

Não beber na rua e não beijar ninguém do mesmo sexo: regras para conviver no Mundial da Rússia

Desrespeitar o que o governo russo entende por "dignidade sexual" pode ser castigado com prisão. O governo mexicano já avisou os seus cidadãos.
Plaza Roja, Moscú. Imagen via, edição por
@sergiopega.

Este artigo foi originalmente publicado na VICE México.

A Secretaria de Relações Exteriores do México, encabeçada por Luis Videgaray, emitiu um comunicado oficial que serve como guia para que os mexicanos se possam comportar "adequadamente" nas cidades que vão albergar o Mundial da Rússia de 2018.

A infame fama dos adeptos mexicanos em épocas de Mundial - o caso mais recente ocorreu no Brasil, onde um indivíduo se atirou borda fora de um cruzeiro e perdeu a vida - é preocupante. Portanto, a SRE tomou as rédeas do assunto e, em conjunto com a embaixada do México na Rússia, emitiu uma série de comunicados, infografias, posters e conferências de imprensa, em que realça coisas que podem parecer muito óbvias e outras nem tanto assim, para alertar todos aqueles que vão ao Mundial da FIFA deste ano [aqui podes ver alguns conselhos para os adeptos portugueses].

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As leis homofóbicas do estado Russo saltam imediatamente à vista. Segundo os conselhos da SRE, estão proibidas as manifestações em prol da diversidade sexual, agressões à dignidade sexual - punidas com cadeia - e demonstrações de afecto entre pessoas do mesmo género ou relativas a temáticas de género. Com isto, também se inclui insultar jogadores com o clássico e infame grito "Eh… puto" por parte dos adeptos mexicanos.

Sem medo de retirar qualquer emoção aos seus jogos, também se anunciou que fica vetado o "uso de máscaras de lutadores na via pública, incluindo os estádios, gritar e insultar os jogadores, beber na rua, fumar em lugares públicos, transportar drogas - com uma condenação até 25 anos de prisão -, erguer a bandeira do país à frente de edificios do governo, especialmente na Praça Vermelha de Moscovo" e, mais uma vez, "não provocar a homofobia" pois pode resultar em agressões físicas e verbais.

O sub-secretário da SRE, Carlos de Icaza, também acrescenta outros conselhos úteis como "rever os bilhetes de avião, hospedagem e entradas para os jogos" o que, sem dúvida, os 30 mil mexicanos que, aproximadamente, vão ao Mundial agradecem veemente.


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