Plunge into darknessContainer MusicA forma de Shcuro apresentar música sofreu rápidas mutações ao longo dos últimos dois anos. O produtor de Lisboa caminhou pela estrada dos ritmos dub com o EPDistant Shore (2012) e a remistura deLegba(2013) de Rastronaut, desviou-se para o interior do tech-house —Ignis Fatuus (2013) e remistura deSun Soaked / Money (2013) de JYGB — e entrou em contramão, sem que daí tenha resultado uma tragédia, em 2014 com o techno ácido de
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Plunge Into Darkness.Apesar das bruscas alterações estilísticas, Shcuro mostra uma consistente identidade e versatilidade. Ele que também produziu um bruto som para o experimental LP das A.M.O.R., mantendo com Honey o projecto ERVADOCE. Entre todas as sonoridades que produziu, salta sempre ao ouvido um toque cinzento, profundamente escuro, seja por via de umknob mais puxado ou de uma simples presença escondida algures entre os tons mais audíveis. “Plunge Into Darkness” é Shcuro a soltar as trevas que sempre lhe vaguearem o espírito, com beats de rotações aceleradas, toques industriais musculados e sintetizadores gritantes. Uma autêntica trip ácida para uma noite que termina em descalabro emocional. “Aegri Somnia” mantém a génese industrial, a profundidade estética e pede emprestado ao trance aestrica dos sintetizadores agudos.Plunge Into Darkness nem sequer peca por durar apenas um quarto de hora, parecendo uma boa eternidade, dado que saltamos para um poço escuro sem fim. A expectativa é que seja desta que Shcuro assente no género, pois parece ter acertado na muche.
