As Dez Melhores Faixas pra Fechar a Noite

Sair de balada é saber que tudo vai acabar uma hora. Sair de balada também quer dizer que uma hora você vai voltar pra casa. A não ser que você seja uma dessas pessoas que passa a vida fugindo da sociedade em uma quinta-feira à noite para voltar só às três da tarde da quarta-feira seguinte. Ainda assim, sair de balada é um exercício para entendermos a temporalidade. O tempo passa de um jeito estranho na night, mas nem mesmo a balda tem o poder de parar o tempo completamente. Com isso em mente, nós elegemos nossos clássicos de fim de noite. Esses são os discos que você quer ouvir logo antes das luzes acenderem.

É sempre bom lembrar que nada daquilo que fazemos tem resultado algum em nada do que acontece de VERDADE no mundo, e o melhor lugar para se lembrar disso é quando você está malucasso às seis da manhã em um quarto escuro cercado de estranhos suados.

Foda-se, às vezes o melhor jeito de terminar a noite é com um disco de AOR pop meio baleárico que soa como se um sujeito do New Radicals estivesse fazendo um jam com Jose Padilla nos seus ouvidos. Mas também quem não gosta de solos de guitarra na balada? Idiotas não gostam.

O MUNDO É NOSSO! SÓ PRECISAMOS PEGAR UMAS BREJAS ANTES!

Eis a prova se você precisa de uma prova.

Às vezes você precisa fechar tudo de maneira sensual. Como nos sugere essa pepita esquecida das profundezas do catálogo B do DFA — da época que o selo era usado para citar se você, como eu, era um moleque de 17 anos tentando desesperadamente criar uma personalidade para impressionar as pessoas na internet — é o perfeito som de fim de noite que vai fazer você ir tropeçando para o bar para um último drink achando ser o Don Juan ao invés de mais um estudante bêbado.

Baladas são legais. O mundo lá fora não. Não se esqueça disso.

Possivelmente esse é o melhor disco que a Kompakt já lançou — o que não é pouca coisa. É impossível cansar de ouvir essa canção. É um desmaio sônico triste e bonito o bastante para aquele momento exato onde as festividades da noite se transformam na melancolia de uma nova manhã. Ou algo parecido.

Você precisa baixar a energia ao final da noite, certo? Você não consegue ficar bombando no bate-estaca durante cinco horas seguidas porque isso nos faz sair da balada moídos e exaustos. Nós queremos flutuar para fora, sair suave, sair delizando e não empurrados. Lindstrom sabe disso. Lindstrom quer fazer nossa vida mais fácil.

O fim da noite sempre é algo triste. Nada bom pode durar pra sempre. Flores morrem. Relacionamentos dão errado. As pessoas mudam. Enquanto você está se preparando para ficar 35 minutos no ponto de ônibus, por que não chorar ouvindo esse belíssimo clássico?

Esse clássico do house de Tyree Cooper é um disco atemporal e magistral, prova do poder e potência inefáveis da música de balada em seu auge. Nós não conseguimos pensar em um jeito melhor de fechar a noite. Não importa se você passou as últimas seis horas dançando techno de sanguar o nariz ou um psytrance maluco, assim que esses acordes entram no som o mundo derrete e, por cinco minutos, tudo é perfeito.

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Tradução: Pedro Moreira

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