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Trem Station to Station Faz Parada Não Programada no Missouri

Teve uma grande lacuna entre o evento Station to Station em St. Paul, Minnesota, e o happening programado para Santa Fé, no Novo México, e começaram a circular boatos pelo trem. Ninguém com quem conversei sabia nada de concreto, mas o que se dizia era...

Teve uma grande lacuna entre o evento Station to Station em St. Paul, Minnesota, e o happening programado para Santa Fé, no Novo México, e começaram a circular boatos pelo trem. Ninguém com quem conversei sabia nada de concreto, mas o que se dizia era que Doug Aitken estava organizando um evento-surpresa improvisado durante nossa parada em Kansas City, Missouri. Nem mesmo Eleanor Friedberger, uma das poucas músicas que viajou conosco no percurso sul depois das Cidades Gêmeas, queria me contar o que o Doug estava planejando. E o boato era de que ela ia tocar no evento improvisado. Ia ser uma surpresa para todo mundo — até mesmo para mim.

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Durante a viagem para Kansas City, Eleanor passou a maior parte do tempo no vagão-estúdio de gravação, tocando com uma guitarra e uma fila de pedais de delay. Uma hora Doug entrou no vagão, ouviu o que ela estava tocando e foi até Justin Stanley, o engenheiro de som do vagão-estúdio.

“Você está gravando a Eleanor agora?”, perguntou Doug. Justin disse que estava.

“Posso usar num vídeo clipe que estamos fazendo? A música tem muita emoção. Ia ficar bom com a cena do trem.”

Esse é outro exemplo das colaborações orgânicas que pululam pelo trem. Nada é forçado. As coisas acontecem naturalmente. Eleanor Friedberger pegou uma guitarra, Doug Aitken passou e ouviu, e de repente os dois estavam trabalhando juntos num clipe. Pouco depois, Tim Koh, do Ariel Pink’s Haunted Graffiti, pegou um baixo e começou a improvisar com a Eleanor. Justin começou a gravar e outra colaboração surgiu. Quando a Eleanor entrou no palco no evento-surpresa em Kansas City, o Tim também estava lá em cima tocando com ela.

O evento aconteceu no dia 15 de setembro. Foi menor e mais íntimo do que os happenings programados que eu estava cobrindo. Era um pequeno palco bem em frente ao nosso trem, parado nos trilhos da Kansas City Union Station. Não tinha tendas nem bandas marciais ou bombas de fumaça colorida dessa vez. Só algumas bandas locais de Kansas City que o Doug gostava, tocando para uma plateia no estacionamento de uma estação da Amtrak. As luzes de LED que revestiam o trem piscavam ao fundo.

As primeiras duas bandas, Bloodbirds e Conquerors, eram de Kansas City. Quando terminaram de tocar, Eleanor Friedberger fechou a noite. Um membro da plateia ficou tão inspirado pelo improviso do Station to Station que decidiu levar sua própria performance para a festa. Ele passou a maior parte da noite na frente de um refletor, lançando sombras gigantes na parede de concreto do estacionamento da Amtrak. Depois do show, o Conquerors entrou no trem com o resto de nós e trabalhou até tarde da noite em uma sessão de gravação espontânea com o Justin.

Coisas desse tipo são a essência do Station to Station. A visão que Doug Aitken tinha do Station to Station não incluía Eleanor Friedberger colaborando com o baixista do Ariel Pink. Não envolvia uma banda de Kansas City varando a noite para gravar com um engenheiro de som que já trabalhou com Beck e Prince e Eric Clapton. O Station to Station é, na superfície, uma viagem de trem pelo país. Mas o espírito do Station to Station são as ligações que as pessoas estabelecem, e tudo que se origina dessas ligações pelo caminho. O que tudo isso é vai continuar a crescer organicamente muito tempo depois do trem chegar a Oakland. Essa é a verdadeira arte que Doug e a Levi’s® estão fazendo.

 Para ver o resto das colaborações e colaboradores, acesse http://levi.com/makeourmark