Selos de Dance Music Retornam à Cultura DIY com Lançamentos de Fitas Cassete
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Tecnologia

Selos de Dance Music Retornam à Cultura DIY com Lançamentos de Fitas Cassete

Os chefes de labels que lançam em k-7 dizem por que, ainda hoje, a fitinha é necessária.

Entre a popularidade indiscutível dos serviços de streaming e o revival do vinil, as fitas cassete ocupam uma espécie de terra-de-ninguém. Elas não são tão vintage quanto, digamos, um Super Nintendo, nem tão avançadas quanto um Xbox One. Elas estão mais próximas de um Playstation de primeira geração — esquecido e irrelevante tecnologicamente, pegando pó em algum lugar entre o clássico e o moderno. Apesar disso, selos de fita cassete ainda estão surgindo e prosperando.

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As fitas são baratas de produzir — terrivelmente baratas, na verdade — o que contribui muito para a sua longevidade. A produção de cerca de 200 fitas custa apenas US$ 700 (cerca de R$ 2.600,00), segundo Richard MacFarlane, do selo 1080p Records. Nada mau para algo que você pode tocar, cheirar ou até mesmo jogar pela janela do carro e passar por cima repetidas vezes — o que, posso dizer por experiência própria, ainda é muito mais gratificante do que arrastar uma pasta para a lixeira.

O baixo custo das fitas também motiva lançamentos ousados — o DJ Scotch Bonnet e o Giant Claw imediatamente me vêm à cabeça como exemplos dessa excentricidade deliciosa. Com menos gastos, correr riscos se torna mais atraente. Embora o esquisito e incrível mundo dos lançamentos em fita cassete antes fosse dominado por selos punk, noise e industrial, hoje alguns dos artistas mais interessantes de música eletrônica que existem por aí se encontram dentro desses retângulos de aparência esquisita.

Leia: "Esse Sintetizador É do Tamanho de uma Calculadora, mas Faz a Maior Sonzeira"

Aspectos estéticos à parte, as fitas ainda soam melhor do que você possa imaginar. Certo, elas nunca vão soar tão bem quanto o vinil, mas ainda estão a quilômetros de distância do MP3. Se você ainda não entende por que alguém tocaria um selo de fita cassete em uma época repleta de avanços tecnológicos, continue lendo! Falamos com alguns dos nossos selos de fita favoritos sobre o assunto.

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1080p (Vancouver, Canadá)

THUMP: Como é tocar um selo de fita cassete na era digital?

Richard MacFarlane: Sempre foi o meu objetivo dividir as coisas meio a meio entre o digital e as fitas cassete no 1080p. Queria que o selo fosse viável para os artistas e para mim, financeiramente, e também distribuir a música através de todos os canais possíveis, e é por isso que a distribuição digital é superimportante. Depois que comecei a lançar vinis, percebi o quanto o "mercado" das fitas é menor, comparativamente. Você pode esgotar a prensagem de algumas centenas de discos facilmente num dia, enquanto que uma produção de 200 fitas vai levar um mês ou dois, na melhor das hipóteses.

Entre a popularidade indiscutível dos serviços de streaming e o revival do vinil, as fitas cassete ocupam uma espécie de terra-de-ninguém. Elas não são tão vintage quanto, digamos, um Super Nintendo, nem tão avançadas quanto um Xbox One. Elas estão mais próximas de um Playstation de primeira geração — esquecido e irrelevante tecnologicamente, pegando pó em algum lugar entre o clássico e o moderno. Apesar disso, selos de fita cassete ainda estão surgindo e prosperando.

As fitas são baratas de produzir — terrivelmente baratas, na verdade — o que contribui muito para a sua longevidade. A produção de cerca de 200 fitas custa apenas US$ 700 (cerca de R$ 2.600,00), segundo Richard MacFarlane, do selo 1080p Records. Nada mau para algo que você pode tocar, cheirar ou até mesmo jogar pela janela do carro e passar por cima repetidas vezes — o que, posso dizer por experiência própria, ainda é muito mais gratificante do que arrastar uma pasta para a lixeira.

O baixo custo das fitas também motiva lançamentos ousados — o DJ Scotch Bonnet e o Giant Claw imediatamente me vêm à cabeça como exemplos dessa excentricidade deliciosa. Com menos gastos, correr riscos se torna mais atraente. Embora o esquisito e incrível mundo dos lançamentos em fita cassete antes fosse dominado por selos punk, noise e industrial, hoje alguns dos artistas mais interessantes de música eletrônica que existem por aí se encontram dentro desses retângulos de aparência esquisita.

Leia: "Esse Sintetizador É do Tamanho de uma Calculadora, mas Faz a Maior Sonzeira"

Aspectos estéticos à parte, as fitas ainda soam melhor do que você possa imaginar. Certo, elas nunca vão soar tão bem quanto o vinil, mas ainda estão a quilômetros de distância do MP3. Se você ainda não entende por que alguém tocaria um selo de fita cassete em uma época repleta de avanços tecnológicos, continue lendo! Falamos com alguns dos nossos selos de fita favoritos sobre o assunto.

1080p (Vancouver, Canadá)

THUMP: Como é tocar um selo de fita cassete na era digital?

Richard MacFarlane: Sempre foi o meu objetivo dividir as coisas meio a meio entre o digital e as fitas cassete no 1080p. Queria que o selo fosse viável para os artistas e para mim, financeiramente, e também distribuir a música através de todos os canais possíveis, e é por isso que a distribuição digital é superimportante. Depois que comecei a lançar vinis, percebi o quanto o "mercado" das fitas é menor, comparativamente. Você pode esgotar a prensagem de algumas centenas de discos facilmente num dia, enquanto que uma produção de 200 fitas vai levar um mês ou dois, na melhor das hipóteses.

Além dos fatores financeiros, qual é o apelo das fitas?
Obviamente, a fita cassete é um formato de nicho, mas ainda é muito bom. As fitas soam muito bem, são pequenas e baratas de distribuir e podem ser produzidas muito rápido. Elas dão continuidade à cultura DIY ou grassroots de troca e são a plataforma perfeita para qualquer artista fazer suas primeiras experimentações. Ainda me choca o quanto é difícil criar objetos físicos hoje em dia, com os custos ambientais de envio e produção, mas acho que poderia ser pior.

Leia: "A Coleção de Sintetizadores do Arthur Joly É Pura Piração Analógica"

Orchid Tapes (Nova York, EUA)

THUMP: Como é tocar um selo de fita cassete na era digital?

Warren Hildebrand: Quando criei o selo, em 2010, a cultura dos blogs independentes e do MP3 estava à todo vapor. Começar um projeto focado essencialmente em lançar música em um formato físico parecia um jeito muito punk de romper com a infinidade de arquivos de música que circulavam nos blogs e feeds RSS. Dedicar tempo e esforço a fazer artefatos que chegariam de fato ao quarto de alguém, e não à tela do seu Macbook, parecia um complemento necessário à rapidez da descoberta de música baseada na internet.

Com a ascensão dos serviços de streaming nos últimos anos e a relutância das pessoas em gastar dinheiro em versões digitais de discos, acho que comprar algo como fitas cassete ou vinis de edição limitada é um jeito das pessoas sentirem que ainda estão apoiando os artistas e pequenos selos diretamente e recebendo uma versão da música que gostam em formato físico.

Além dos fatores financeiros, qual é o apelo das fitas?
O que me atraiu nas fitas, originalmente, foi que elas são como uma tela dentro de uma tela; você passa um tempão fazendo música de que se orgulha e fica empolgado em fazer o formato que ela ocupa ter uma aparência legal também. Há muitas maneiras diferentes de usar suas próprias ideias quando se trata de customizar cada elemento de um lançamento em fita cassete: a cor e o design da fita em si, o nome que você dá a ela, o encarte e como você o imprime, que informações escolhe incluir, até a embalagem em que você a distribui.

Orange Milk (Columbus, EUA)

THUMP: Como é tocar um selo de fita cassete na era digital?

Seth Graham: O Orange Milk não é o primeiro selo que comando. Eu fazia lançamentos DYI antes do Twitter e do Facebook existirem, e era um pouco diferente. Criamos o selo com a ideia de lançar o Crowded Out Memories do Caboladies em LP. Só decidimos fazer fitas também porque elas nos permitem lançar álbuns sem correr muitos riscos. Tentamos transmitir um sentido de valor com cada lançamento — com a arte e com o modo como o apresentamos. Gosto da maneira como as fitas permitem uma curadoria/documentação mais intuitiva e descompromissada de como sentimos que os artistas estão contribuindo para a evolução do mundo da música.

Além dos fatores financeiros, qual é o apelo das fitas?
Não quero soar como um babaca, mas acho que as fitas cassete existem essencialmente para satisfazer a necessidade de um lançamento físico e permitir que as decisões na curadoria sejam feitas baseadas no que queremos lançar e não no que vai vender. Mas gosto como as fitas permitem que praticamente qualquer um experimente compor algo em áudio e lance isso. De certa forma, a fita cassete é um jeito de entrar no mundo da música, gosto desse aspecto democrático dela. Não acho que tenha a ver com fidelidade do som, acho que é só um jeito barato de ter uma mídia física que literalmente diz "ei, eu existo". O mesmo pode ser dito de qualquer meio físico, mas com as fitas, tem uma sensação especial, elas são como um brinquedo ou um símbolo, algo que você pode colocar na estante e se identificar. Acho mesmo que é a isso que se resume a arte e a música para a maioria, o que molda a sua identidade, e as pessoas querem um símbolo físico dessa identidade para vê-la, senti-la, lembrá-la e reforçá-la.

Leia: "Deveríamos Dar as Boas-Vindas ao Retorno dos Sintetizadores Clássicos?"

Tesla Tapes (Salford, Inglaterra)

THUMP: Como é tocar um selo de fita cassete na era digital?
Paddy Shine: Estou no comando do Tesla Tapes há apenas alguns anos, então não tenho como comparar com como teria sido antes da era digital. Há os benefícios óbvios do Bandcamp, SoundCloud, Mixcloud e das redes sociais em alcançar públicos no mundo inteiro. Além disso, você pode ter a coisa física, analógica, junto com a versão digital, fácil de baixar. Tem alguma coisa para todo mundo, para os colecionadores e para quem só quer ter a música no seu HD ou o que for. Gosto disso. Não ligo muito para formatos porque, no fim das contas, o importante é a música, e a música chegar ao maior número possível de pessoas. Então sim, gosto da era digital, mas definitivamente me sinto atraído pela fisicalidade de antigamente e pelo aspecto ritualístico de comprar e ouvir música. As fitas cassetes fazem parte da minha vida desde que eu tinha cinco anos de idade, por aí, e não considero um fenômeno que as pessoas ainda lancem coisas em fita.

Além dos fatores financeiros, qual é o apelo das fitas?
A música que mais me influenciou, na minha juventude, me foi passada através de fitas, compilações feitas por amigos e tios punks doidões e mixtapes de hip-hop e jungle gravadas às pressas de programas de rádio. Além disso, eu comprava um monte de fitas de bootlegs. Elas eram sempre baratas e formavam uma pilha bonita no meu quarto. Lembro de ter ficado muito surpreso, positivamente, quando descobri que ainda haviam boas empresas de fabricação e duplicação de fitas na Inglaterra e o quanto era rápido, fácil e barato produzi-las. Pareciam a maneira perfeita de lançar todas essa música excelente que me cercava. Sonoramente falando, as fitas são interessantes. Tem muita coisa lo-fi que soa como se tivesse nascido para a fita. Eu particularmente gosto de masterizar a música especialmente para a fita. O Stephen Bishop, do Opal Tapes, fez muito disso para mim, ele entende do lance, e o Sam Weaver, do Cuspeditions, me ajuda a fazer a música chegar na sonoridade certa para ser gravada em fita. As fitas são ótimas. Você pode maltratá-las pra caralho e gravar por cima delas, mas elas ainda retém a qualidade, ou ainda podem acabar soando melhor por estarem meio fodidas.

NNA Tapes (Burlington, EUA)

THUMP: Como é tocar um selo de fita cassete na era digital?

Toby Aronson: Dentro da cultura de música em que trabalhamos, a fita cassete só parece ser meio que a norma. Vemos nosso selo de uma maneira mais curatorial e de promoção de música. O formato é importante para colecionadores, mas queremos poder apresentar música não só a eles, mas também aos fãs de música em geral.

Além dos fatores financeiros, qual é o apelo das fitas?

Estranhamente, elas se tornaram mais reverenciadas na era digital, ao que parece. Por quê? Não sei. Pode ser porque elas são pequenas, duráveis, divertidas, nostálgicas e podem facilmente incluir um código para download no encarte.

Daryl Keating está no Twitter.

Tradução: Fernanda Botta

Siga o THUMP nas redes Facebook // Soundcloud // Twitter.

Além dos fatores financeiros, qual é o apelo das fitas?
Obviamente, a fita cassete é um formato de nicho, mas ainda é muito bom. As fitas soam muito bem, são pequenas e baratas de distribuir e podem ser produzidas muito rápido. Elas dão continuidade à cultura DIY ou grassroots de troca e são a plataforma perfeita para qualquer artista fazer suas primeiras experimentações. Ainda me choca o quanto é difícil criar objetos físicos hoje em dia, com os custos ambientais de envio e produção, mas acho que poderia ser pior.

Leia: "A Coleção de Sintetizadores do Arthur Joly É Pura Piração Analógica"

Orchid Tapes (Nova York, EUA)

THUMP: Como é tocar um selo de fita cassete na era digital?

Warren Hildebrand: Quando criei o selo, em 2010, a cultura dos blogs independentes e do MP3 estava à todo vapor. Começar um projeto focado essencialmente em lançar música em um formato físico parecia um jeito muito punk de romper com a infinidade de arquivos de música que circulavam nos blogs e feeds RSS. Dedicar tempo e esforço a fazer artefatos que chegariam de fato ao quarto de alguém, e não à tela do seu Macbook, parecia um complemento necessário à rapidez da descoberta de música baseada na internet.

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Além dos fatores financeiros, qual é o apelo das fitas?
O que me atraiu nas fitas, originalmente, foi que elas são como uma tela dentro de uma tela; você passa um tempão fazendo música de que se orgulha e fica empolgado em fazer o formato que ela ocupa ter uma aparência legal também. Há muitas maneiras diferentes de usar suas próprias ideias quando se trata de customizar cada elemento de um lançamento em fita cassete: a cor e o design da fita em si, o nome que você dá a ela, o encarte e como você o imprime, que informações escolhe incluir, até a embalagem em que você a distribui.

Orange Milk (Columbus, EUA)

THUMP: Como é tocar um selo de fita cassete na era digital?

Seth Graham: O Orange Milk não é o primeiro selo que comando. Eu fazia lançamentos DYI antes do Twitter e do Facebook existirem, e era um pouco diferente. Criamos o selo com a ideia de lançar o Crowded Out Memories do Caboladies em LP. Só decidimos fazer fitas também porque elas nos permitem lançar álbuns sem correr muitos riscos. Tentamos transmitir um sentido de valor com cada lançamento — com a arte e com o modo como o apresentamos. Gosto da maneira como as fitas permitem uma curadoria/documentação mais intuitiva e descompromissada de como sentimos que os artistas estão contribuindo para a evolução do mundo da música.

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Não quero soar como um babaca, mas acho que as fitas cassete existem essencialmente para satisfazer a necessidade de um lançamento físico e permitir que as decisões na curadoria sejam feitas baseadas no que queremos lançar e não no que vai vender. Mas gosto como as fitas permitem que praticamente qualquer um experimente compor algo em áudio e lance isso. De certa forma, a fita cassete é um jeito de entrar no mundo da música, gosto desse aspecto democrático dela. Não acho que tenha a ver com fidelidade do som, acho que é só um jeito barato de ter uma mídia física que literalmente diz "ei, eu existo". O mesmo pode ser dito de qualquer meio físico, mas com as fitas, tem uma sensação especial, elas são como um brinquedo ou um símbolo, algo que você pode colocar na estante e se identificar. Acho mesmo que é a isso que se resume a arte e a música para a maioria, o que molda a sua identidade, e as pessoas querem um símbolo físico dessa identidade para vê-la, senti-la, lembrá-la e reforçá-la.

Leia: "Deveríamos Dar as Boas-Vindas ao Retorno dos Sintetizadores Clássicos?"

Tesla Tapes (Salford, Inglaterra)

THUMP: Como é tocar um selo de fita cassete na era digital?
Paddy Shine: Estou no comando do Tesla Tapes há apenas alguns anos, então não tenho como comparar com como teria sido antes da era digital. Há os benefícios óbvios do Bandcamp, SoundCloud, Mixcloud e das redes sociais em alcançar públicos no mundo inteiro. Além disso, você pode ter a coisa física, analógica, junto com a versão digital, fácil de baixar. Tem alguma coisa para todo mundo, para os colecionadores e para quem só quer ter a música no seu HD ou o que for. Gosto disso. Não ligo muito para formatos porque, no fim das contas, o importante é a música, e a música chegar ao maior número possível de pessoas. Então sim, gosto da era digital, mas definitivamente me sinto atraído pela fisicalidade de antigamente e pelo aspecto ritualístico de comprar e ouvir música. As fitas cassetes fazem parte da minha vida desde que eu tinha cinco anos de idade, por aí, e não considero um fenômeno que as pessoas ainda lancem coisas em fita.

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A música que mais me influenciou, na minha juventude, me foi passada através de fitas, compilações feitas por amigos e tios punks doidões e mixtapes de hip-hop e jungle gravadas às pressas de programas de rádio. Além disso, eu comprava um monte de fitas de bootlegs. Elas eram sempre baratas e formavam uma pilha bonita no meu quarto. Lembro de ter ficado muito surpreso, positivamente, quando descobri que ainda haviam boas empresas de fabricação e duplicação de fitas na Inglaterra e o quanto era rápido, fácil e barato produzi-las. Pareciam a maneira perfeita de lançar todas essa música excelente que me cercava. Sonoramente falando, as fitas são interessantes. Tem muita coisa lo-fi que soa como se tivesse nascido para a fita. Eu particularmente gosto de masterizar a música especialmente para a fita. O Stephen Bishop, do Opal Tapes, fez muito disso para mim, ele entende do lance, e o Sam Weaver, do Cuspeditions, me ajuda a fazer a música chegar na sonoridade certa para ser gravada em fita. As fitas são ótimas. Você pode maltratá-las pra caralho e gravar por cima delas, mas elas ainda retém a qualidade, ou ainda podem acabar soando melhor por estarem meio fodidas.

NNA Tapes (Burlington, EUA)

THUMP: Como é tocar um selo de fita cassete na era digital?

Toby Aronson: Dentro da cultura de música em que trabalhamos, a fita cassete só parece ser meio que a norma. Vemos nosso selo de uma maneira mais curatorial e de promoção de música. O formato é importante para colecionadores, mas queremos poder apresentar música não só a eles, mas também aos fãs de música em geral.

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Estranhamente, elas se tornaram mais reverenciadas na era digital, ao que parece. Por quê? Não sei. Pode ser porque elas são pequenas, duráveis, divertidas, nostálgicas e podem facilmente incluir um código para download no encarte.

Daryl Keating está no Twitter.

Tradução: Fernanda Botta

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