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Site do movimento Democracia Sim sofre ataques, mas continua no ar

Segundo um dos organizadores do movimento, o site sofreu um ataque DDoS na terça-feira (25).
Foto via.

O site oficial do movimento Democracia Sim, criado para se opor à candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) nas eleições de 2018 ao cargo presidencial, sofreu ataques cibernéticos e ficou fora do ar ontem (25). O movimento ganhou repercussão ao lançar seu manifesto assinado por diversas personalidades de várias orientações políticas e de áreas profissionais no último domingo (23). O site voltou a funcionar na manhã de quarta-feira com segurança redobrada, segundo um dos organizadores do movimento.

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"Na verdade, não esperávamos ataques", disse o cientista político e um dos organizadores do movimento Ricardo Borges Martins. "A proporção que tomou o manifesto foi muito maior do que as expectativas, mas esses são os tempos." Nas assinaturas do manifesto figuram desde a empresária Paula Lavigne, o médico Drauzio Varella a Maria Alice Setúbal, educadora e acionista do Itaú Unibanco. Até o momento dos ataques cibernéticos, o site havia colhido 220 mil assinaturas.

Segundo Borges, o movimento foi criado por pessoas e não tem nenhuma vinculação com partidos políticos ou organizações. "(…) Um grupo de pessoas sem organizações por trás, com trajetórias e preferências diversas, que no momento em que estamos entendem que a candidatura de Jair Bolsonaro representa não só uma séria ameaça às instituições democráticas mas também ao nosso patrimônio civilizatório e legado humanista", explica.

Faltando apenas 11 dias para o primeiro turno das eleições, ataques cibernéticos têm sido constantes contra jornalistas que fazem reportagens sobre o candidato do PSL consideradas ruins para a imagem do políticos e também contra militantes e ativistas que publicamente se opõem ao deputado federal. Na semana passada, uma jornalista do site afiliado ao UOL, Universa, teve seu Whatsapp hackeado após veicular uma reportagem sobre o grupo Mulheres Com Bolsonaro.

A jornalista mineira Marina Dias teve seu número pessoal e o telefone da mãe divulgado no Twitter por centenas de pessoas que acreditaram que ela foi a autora da reportagem sobre Bolsonaro ter ameaçado de morte sua ex-mulher em 2011. O ataque viralizou ainda mais após o apresentador Danilo Gentilli falar da jornalista na sua conta pessoal. Os usuários confundiram a jornalista mineira com a repórter homônima da Folha de São Paulo que escreveu a reportagem.

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No caso do site do movimento Democracia Sim, Borges acredita que o ataque foi realizado por simpatizantes de Bolsonaro que criaram robôs para ter um grande tráfego ao site a ponto dele sobrecarregar e deixar de funcionar.


Assista ao nosso documentário "O Mito de Bolsonaro"