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Entretenimento

O novo filme de Lars von Trier é tão violento que um monte de gente saiu no meio da sessão

Um crítico chamou 'The House That Jack Built' de “duas horas e meia de pornô de tortura autorreferencial”.
Foto de Lars von Trier por VALERY HACHE/AFP/Getty Images; still via Zentropa Productions.

Muito antes de entrarem no cinema, os espectadores de Cannes do novo filme de Lar von Trier, The House That Jack Built, sabiam que o longa seria pesado. O diretor artístico do festival, Thierry Fremaux, já tinha decidido que o filme sobre um serial killer implacável era “polêmico demais” para ser elegível para qualquer prêmio, obrigando von Trier a exibi-lo fora da competição.

Ainda assim, algumas pessoas na sessão da noite de segunda-feira de The House That Jack Built não estavam preparadas para a sanguinolência toda. Segundo a Variety, mais de 100 pessoas ficaram tão chocadas com a violência que saíram no meio do filme.

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Nunca vi nada assim num festival de cinema. Mais de 100 pessoas saíram no meio de 'The House That Jack Built' de Lars von Trier, que mostra mutilação de mulheres e crianças. “É nojento”, uma mulher disse na saída. #Cannes2018

The House That Jack Built tem Matt Dillon como um psicopata filosófico que comete cinco massacres aleatórios. O filme o mostra mutilando suas vítimas em detalhes: Em certo ponto o assassino corta um seio de uma vítima. Mais tarde, ele mata duas crianças com tiros na cabeça – a cena que supostamente fez as primeiras pessoas saírem do cinema.

TUÍTE 2

Saí no meio da estreia de #LarsvonTrier no #Cannes2018 porque ver crianças sendo mortas não é arte nem entretenimento

TUÍTE 3

Saí no meio filme de Lars von Trier The House That Jack Built. Nojento. Pretensioso. Nauseante. Torturante. Patético. #Cannes2018

TUÍTE 4

Saí no meio do Lars von Trier. Filme vil. Não deveria ter sido feito. A culpa é dos autores.

A maioria dos críticos que conseguiram ficar até o final destruíram o filme, reclamando que ele era sangrento, brutal e longo demais. Peter Bradshaw do Guardian chamou o filme de “uma provação sangrenta”, enquanto Robbie Collins do Telegraph o descreveu como “duas horas e meia de pornô de tortura autorreferencial”. Mas algumas pessoas saíram de The House That Jack Built impressionadas.

TUÍTE 5

THE HOUSE THAT JACK BUILT: Outra viagem pelo abatedouro de ansiedades de Lars von Trier, essa uma autocrítica/desculpa torta para violência compulsiva na criação artística. O final é mordaz. Me desculpem por dizer que adorei. #Cannes2018

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TUÍTE 6

Muuuita gente saiu no meio de THE HOUSE THAT JACK BUILT, mas caramba, quem ficou aplaudiu muito no final. Fumei meu primeiro cigarro depois da sessão, rs

TUÍTE 7

Independente de tudo, #Cannes2018 ainda aplaudiu de pé Lars von Trier depois de 'The House That Jack Built'. Como alguém perto de mim disse “Esse pessoal aplaude qualquer coisa”.

Considerando tudo isso, parece que fazer público passar mal é tendência 2018. E que talvez o pessoal que saiu no meio de The House That Jack Built deveria ter ouvido o aviso de Fremaux e nem aparecido na sessão. Assistir BlaKkKlansman de Spike Lee provavelmente teria sido uma escolhabem melhor.

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