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Música

Morreu aos 90 anos o compositor vanguardista francês Pierre Boulez

O gênio experimental fundou o estúdio IRCAM de Paris em 1977 e foi essencial ao desenvolvimento da música eletrônica.
Photo from Wikipedia

Na última terça-feira (5), o compositor vanguardista Pierre Boulez morreu em sua casa em Baden-Baden, Alemanha, aos 90 anos. Ele foi uma das figuras mais influentes da música clássica do século 20, conhecido por seu trabalho como compositor e maestro.A maior contribuição de Boulez à história foi ter fundado o IRCAM, ou Instituto de Pesquisa e Coordenação de Música e Acústica, de Paris. O grupo foi criado em 1977 e, sob o comando do presidente Georges Pompidou, juntou compositores, técnicos e cientistas de tecnologia para dar luz a muitas das peças mais significativas do século 20.

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Suas próprias peças são notáveis por seu uso inovador do dodecafonismo criado pelo compositor austríaco Arnold Schoenberg, que enfatiza igualmente cada nota da escala ocidental, ao contrário do método dominante de priorizar a ordem musical ao redor de apenas uma. O The Guardian afirmou que o uso do timbre é a principal realização da música de Boulez. "Como ninguém tinha feito na música antes, ele tornou o timbre – a textura do som dos instrumentos, e as possibilidades surreais e especiais da música eletrônica – numa carreira de sentimentos e emoções."

Como maestro, ele chegou ao seu auge durante os anos 60, em que se apresentou com algumas das orquestras mais conceituadas do mundo, como a Concertgebouw, de Amsterdam, a Cleveland Orchestra e a Berlin Philharmonic. Ele desafiou a convenção em todos os aspectos de sua prática, deixando o bastão de lado para conduzir com suas próprias mãos, fazendo orquestras tocarem material irregular em lugares irregulares, e até escandalosamente fazendo a New York Philharmonic tocar sentados em tapetes, em algum ponto.

O Primeiro Ministro francês Manuel Vallsgave se pronunciou sobre a morte de Boulez: "Audácia, inovação, criatividade – isso é o que Pierre Boulez era para a música francesa, que ele ajudou a fazer brilhar ao redor do mundo."

Obrigada ao New York Times pela dica.

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