Foto por Guilherme Santana
Aos 23 anos, Alesso já é peça-chave no rolê EDM. Seja comandando seu moog em casa ou fazendo a galera perder a cabeça nos shows, o DJ e produtor sueco conquistou seu espaço na cena e acabou de se garantir mais um pouco depois que "Heroes (We Could Be)" e sua parceria com Calvin Harris em "Under Control" simplesmente dominaram rádios, propagandas de TV e DJ sets por aí.Mas não foi do nada que Alesso chegou aqui. Em 2012, depois da trágica morte do seu amigo Riccardo Campogiani que foi espancado durante uma festa em Estocolmo, Alesso gravou "Years", faixa com a qual ganhou atenção de gente grande da cena, como o outro produtor sueco Sebastian Ingrosso.Headliner de uma pá de festivais e colecionando faixas nas listas das mais tocadas, Alesso diz que o novo & primeiro disco da sua carreira sai ainda esse ano. Enquanto isso, o DJ se prepara para uma maratona de apresentações durante o Carnaval brasileiro, incluindo o Rio Music Carnival. Aproveitamos a deixa pra trocar uma ideia com ele sobre o EDM, sua produção e a sua vinda ao Tomorrowland Brasil.THUMP: O EDM cresceu muito e já faz tempo que ele vem se popularizando. Como você enxerga tudo isso hoje em dia? Acha que o gênero tá passando por um tipo de reinvenção?
Alesso: Pra mim, o EDM está passando por um teste pra trazer [de volta] música de qualidade. Não é tão fácil como era antes. No começo a galera falava 'essa porra é muito boa!' e o big room acabou ficando popular. Agora a gente tá numa época em que a gente precisa produzir ainda mais, focar mais no que a gente tá lançando ultimamente, porque as músicas soam muito parecidas umas com as outras. Então você precisa sair dessa zona e encontrar sua identidade.O Tiësto acredita que o "próximo EDM", por assim dizer, é o deep house. Se realmente está rolando essa reinvenção, de onde você acha que vem essa nova tendência?
Acho que não importa de qual gênero vem. Se for uma música boa, as pessoas vão corresponder. Mas é, hoje em dia a galera realmente tá curtindo o deep house… Mas isso pode acabar daqui um ano, sabe? Ou durar mais uns dois anos. Nunca se sabe.Mas por que será que justo o deep house caiu no gosto da geral?
Um dos motivos pelos quais eu acredito que o deep house está tão popular é porque esse lance de produzir big room house é osso. As pessoas querem ouvir uma coisa diferente, mais tranquila. E o deep house é assim: é mais calmo, mais sexy, tem um certo groove, é equilibrado, saca? Talvez o big room vá durar pra sempre - ou seja só uma fase. Nunca se sabe.Você disse que o desafio agora é se esforçar pras músicas não soarem muito parecidas. Como você aplica isso nas suas produções?
Eu tô tentando criar uma vibe nova para as músicas, isso é o mais importante pra mim. Eu não sou do tipo que fica 'dessa vez eu usei esse synth, ou esse plug, ou essa batida'. Você pode fazer isso, mas foco é proporcionar outra experiência.Como assim?
Por exemplo, "Heroes" tem um certo sentimento, eu descreveria como uma sensação de "vamos fazer algo pela última vez". Em relação a "Cool" [próximo single de Alesso], tem um quê muito alegre, mais a ver com verão, aquela coisa de "quero me apaixonar ouvindo essa música". E eu nunca fiz nada parecido com isso antes, pra mim isso é novo. Ainda assim, eu tento colocar meu toque em tudo, não quero meter o louco e fazer uma coisa que não parece ser minha. Tem muito a se pensar sobre isso, mas acho que o mais importante é o que a faixa passa pra você.Certo. Pra finalizar, queria saber sobre o Tomorrowland Brasil e se você pode confirmar sua presença na edição brasileira do festival?
Ainda não sei sobre o Tomorrowland Brasil. Por enquanto confirmei a edição belga, mas nunca se sabe. Vamos ver!Confira as datas das apresentações do Alesso no Carnaval:- 13/02: Salvador (BA)- 14/02: Xangri-Lá (RS)- 15/02: Camboriú (SC)- 16/02: Rio de Janeiro (RJ), no Rio Music Carnival- 17/02: Florianópolis (SC)Nunca se sabe o que Alesso pode falar nas redes:
alessoworld.com
soundcloud.com/alesso
facebook.com/AlessoOfficial
twitter.com/alesso
instagram.com/alesso
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Alesso: Pra mim, o EDM está passando por um teste pra trazer [de volta] música de qualidade. Não é tão fácil como era antes. No começo a galera falava 'essa porra é muito boa!' e o big room acabou ficando popular. Agora a gente tá numa época em que a gente precisa produzir ainda mais, focar mais no que a gente tá lançando ultimamente, porque as músicas soam muito parecidas umas com as outras. Então você precisa sair dessa zona e encontrar sua identidade.O Tiësto acredita que o "próximo EDM", por assim dizer, é o deep house. Se realmente está rolando essa reinvenção, de onde você acha que vem essa nova tendência?
Acho que não importa de qual gênero vem. Se for uma música boa, as pessoas vão corresponder. Mas é, hoje em dia a galera realmente tá curtindo o deep house… Mas isso pode acabar daqui um ano, sabe? Ou durar mais uns dois anos. Nunca se sabe.
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Um dos motivos pelos quais eu acredito que o deep house está tão popular é porque esse lance de produzir big room house é osso. As pessoas querem ouvir uma coisa diferente, mais tranquila. E o deep house é assim: é mais calmo, mais sexy, tem um certo groove, é equilibrado, saca? Talvez o big room vá durar pra sempre - ou seja só uma fase. Nunca se sabe.Você disse que o desafio agora é se esforçar pras músicas não soarem muito parecidas. Como você aplica isso nas suas produções?
Eu tô tentando criar uma vibe nova para as músicas, isso é o mais importante pra mim. Eu não sou do tipo que fica 'dessa vez eu usei esse synth, ou esse plug, ou essa batida'. Você pode fazer isso, mas foco é proporcionar outra experiência.Como assim?
Por exemplo, "Heroes" tem um certo sentimento, eu descreveria como uma sensação de "vamos fazer algo pela última vez". Em relação a "Cool" [próximo single de Alesso], tem um quê muito alegre, mais a ver com verão, aquela coisa de "quero me apaixonar ouvindo essa música". E eu nunca fiz nada parecido com isso antes, pra mim isso é novo. Ainda assim, eu tento colocar meu toque em tudo, não quero meter o louco e fazer uma coisa que não parece ser minha. Tem muito a se pensar sobre isso, mas acho que o mais importante é o que a faixa passa pra você.Certo. Pra finalizar, queria saber sobre o Tomorrowland Brasil e se você pode confirmar sua presença na edição brasileira do festival?
Ainda não sei sobre o Tomorrowland Brasil. Por enquanto confirmei a edição belga, mas nunca se sabe. Vamos ver!
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