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Museu da Polícia de Bogotá

Colombianos falam mal de sua polícia nacional porque ela é lenta, ineficaz, corrupta, e burra. Os gambés fazem coisas do tipo molestar e algumas vezes até atirar em civis --, eles se vestem como crianças brincando de "Exército".

Colombianos falam mal de sua polícia nacional porque ela é lenta, ineficaz, corrupta, e burra. Os gambés fazem coisas do tipo molestar e algumas vezes até atirar em civis --, eles se vestem como crianças brincando de "Exército", derrubam pessoas das suas motos tipo em Road Rash, e encharcam prisioneiros vestidos com água geladíssima pouco antes de eles irem dormir (não condenados, gente que tá na prisão só por uma noite mesmo). Mas apesar de todas essas falhas, os canas colombianos sabem como manter um belo museu.

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O "Hall dos Generais" tem mais ou menos uns dez conjuntos assim. Considerando que a força existe há uns cem anos, diríamos que a taxa de rotatividade é um pouco alta ali.

Esse é o cara que criou tudo, bem em frente ao manequim do oficial que atualmente comanda o museu.

Opa, espera aí! Esse é o comandante. Ele tá só tirando uma soneca debaixo do sol. De pé.

O museu é tocado inteiramente por cadetes adolescentes da academia policial. Uma das salas estava fechada para que pudessem reorganizar todas as armas antigas em seus mostruários. Quando tentamos ver o que estava rolando, vimos ele usando tudo pra brincar de Guerra nas Estrelas, fazendo sons de laser. Infelizmente um deles viu minha câmera antes que eu conseguisse fotografar aquilo e fechou a porta na minha cara. Enfim, esse foi o nosso guia. Ele usa aparelho.

Aqui está uma vista melhor do mural do qual ele estava na frente, só pra você apreciar toda a descontração bizarra que é uma revolta colombiana. Essa imagem poderia muito bem ser um daqueles desenhos de "sete erros".

Esse é um cassetete que também expele gás lacrimogêneo. Só não sei bem com qual dos lados você deve bater nas pessoas.

A menina dos olhos do museu é a ala do Pablo Escobar, que toma todo o porão do prédio. Esse é um manequim-Pablo deitado. Os pêlos dos braços foram grudados com cola quente, aproveitando-se o que sobrou da barba.

E aqui é ele em momentos mais felizes, como membro do Congresso e prisioneiro de uma cadeia abstrata.

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Essas são algumas das armas pessoais do Pablo, além do relógio que ele estava usando quando foi morto. Essa seção inteira me pareceu mais tipo um santuário em homenagem a um mártir santificado que uma exposição sobre o rei do tráfico que mais ou menos atolou seu país em violência por uma década inteira.

A sala seguinte era mais parecida com o que você espera de um museu policial. Tinha bonequinhos com as roupas que as polícias de diferentes culturas do mundo usam.

Mesmo as que não existem.

Você sabia que a Colômbia nunca adotou a ideia de licença-maternidade?

Ou que a Áustria é um país muçulmano devoto que nunca descobriu o barbicacho?

É meio que isso. Ah, e logo na saída do banheiro eles têm um mural dos primeiríssimos policiais. Aqueles que nos protegeram dos Orangohomens do Serengeti.

OBS: Isso tinha pelo menos uns três metros de altura.

TRADUÇÃO POR EQUIPE VICE BR