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O Mundo de Irma

Minha avó se chama Irma. Ela tem 100 anos. Cresceu no andar de cima de um açougue alemão, em Buffalo, Nova York, e passou a vida viajando pelo Oeste como médica bioquímica. No inverno passado, fui morar com ela no Novo México. A velha é o máximo.

FOTOS POR PATRICK DUNCAN

Minha avó se chama Irma. Ela tem 100 anos. Cresceu no andar de cima de um açougue alemão, em Buffalo, Nova York, e passou a vida viajando pelo Oeste como médica bioquímica. No inverno passado, fui morar com ela no Novo México. A velha é o máximo.

Outro dia, quando a fui buscá-la numa reunião do clube de leitura, ela trazia junto uma caixa gigante com um bolo de aspecto delicioso dentro. Ao que parece, as senhoras do clube tinham feito uma troca de presentes. O único problema é que minha avó não tinha trazido nada, daí quando ela estava para ir embora, a anfitriã ficou desconfiada e perguntou o que ela tinha trazido em troca do bolo. Sem hesitar, minha avó respondeu que o presente dela já tinha sido entregue e que era um vale-presente, já que a vaca queria tanto saber. Mas foi apanhada desmascarada, e a anfitriã foi reclamar com os meus pais, que vivem ao lado de onde elas estavam.

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Quando se é centenária, uma das coisas tanto boas quanto ruins é que, de certa forma, volta-se a ser criança. Da próxima vez, o clube de leitura vai se reunir na minha casa e vamos encher a mesa da sala com bolos.