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Tecnologia

A minha primeira zine de jogos do ZX Spectrum

Uma dose industrial de nostalgia Spectrum.

Qual é um dos principais propósitos da verdadeira zine? Divulgar coisas que adoramos entre pessoas que possam partilhar desse gosto. Nada mais simples. Quando era puto, adorava jogar ZX Spectrum e passava dias inteiros com os dedos colados às teclas “O,P,Q,A,M” para chegar mais longe no Bubble Bobble ou no Back to School. Vivia tão obcecado por aquilo que comecei a comprar revistas especializadas. Ficava deslumbrado a olhar para as versões disponíveis em computadores mais poderosos que o Spectrum e ansiava constantemente por mais jogos de porrada (tudo por causa do incontornável Target Renegade). Era um verdadeiro nerd mesmo sem saber o que isso era. Nesse tempo de gamer fervoroso (1986-1991), os artigos em português sobre o assunto eram escassos e surgiam regularmente apenas no Correio da Manhã e na Capital, se não estou em erro. Tudo o resto aparecia em revistas importadas escritas em inglês que punham um puto de oito anos à nora a olhar para aquilo. Foi com vontade de imitar essas revistas que comecei a escrever também críticas de jogos, que surgiam acompanhadas por recortes roubados aos grandes. Tudo feito em páginas de tamanho A5 e com a preciosa ajuda da minha tia Isabel (especialista em jogos de aviões) e do meu amigo Mauro (rei incontestável do Match Day II). Os leitores eram todos os putos que pegassem no dossier A5 para ver o que andávamos a fazer. As seguintes imagens são uma amostra dessas zines dos jogos de computador e algumas estão até um pouco mal scaneadas para preservar o aspecto artesanal dos originais. Desta vez, não me atrevo a fazer legendas porque o conteúdo é auto-explicativo e não fazia sentido gozar comigo próprio quando tinha 9 ou 10 anos.