Sem limite de tempo, sem regras, com um número indiscriminado de participantes – vamos jogar Lelo! O jogo, uma mistura sem barreiras entre luta e rugby, muito popular no sudoeste da Geórgia, é jogado no vilarejo de Shukhuti todo domingo de Páscoa para relembrar os mortos. O antigo jogo é um esporte e uma tradição, mas, acima de tudo, uma questão de paixão, força, fé e devoção.Dois riachos, que ficam a 150 metros de distância um do outro, marcam as linhas de gol de cada time, que são formados por grupos de moradores locais – mas qualquer um pode participar se quiser. Entre os riachos fica o campo, com casas, jardins e uma estrada. O objetivo é simples: o time que conseguir chegar a seu riacho com a bola de 16 quilos vence. E não é de se surpreender – já que o jogo envolve um monte de caras corpulentos correndo desembestados pelo vilarejo – que cercas, arbustos e um osso ou outro sejam esmagados no corpo a corpo de vez em quando.
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Vencer no Lelo não significa somente derrotar o oponente; é também uma homenagem àqueles que não estão mais entre o time vencedor – a bola é oferecida a um morador local falecido e colocada sobre seu túmulo depois da partida.
