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E Com Vocês, A Gueixa Robô

Quando assisti ao trailer de RoboGeisha fiquei malucão. É um desses filmes que aparecem uma vez - no máximo duas, vai - na vida e que te deixam se sentindo com a imaginação tão fértil quanto uma caixa de papelão.

Quando assisti ao trailer de RoboGeisha fiquei malucão. É um desses filmes que aparecem uma vez – no máximo duas, vai – na vida e que te deixam se sentindo com a imaginação tão fértil quanto uma caixa de papelão.

Dá pra um trailer ser melhor que isso? Essa não é uma pergunta retórica. A resposta é: NÃO. E o filme, que saiu em DVD recentemente na Inglaterra, te dá 120 minutos disso. É sem dúvida uma das coisas mais absurdas que já vi, e, quando digo coisas, tô falando de todas as coisas. E olha que conheço um cara que tem uma vagina.

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Ponderei, enquanto assistia RoboGeisha pela segunda vez, o porque de eu gostar tanto disso, já que achei o Mega Piranha tão ruim. A real é que enquanto Mega Piranha inteiro se apóia numa ideia estúpida (tá, duas ideias estúpidas se você incluir colocar a Tiffany no elenco), RoboGeisha te bombardeia com ideias estúpidas o tempo todo. Não dá nem tempo de respirar.

Tratando de duas irmãs guerreiras que são transformadas em máquinas assassinas altamente modificadas, já começa doidão e daí vai ladeira abaixo até que um castelo ganha vida e tenta jogar uma bomba no Monte Fuji. Tem um monte de sangue, decapitações, mulheres com pênis do Laranja Mecânica, peitos de metralhadora, espadas que pulam pra fora de virilhas femininas e um cara que sofre quando enfiam camarões em seus olhos. Aqui vão alguns lances que anotei porque me chamaram a atenção:

1. Peruca napalm
2. Espadas de bunda
3. Leite materno ácido assassino

Tentei saber mais sobre o director Noboru Iguchi. Ele tem um emprego agradável como director de filmes pornô, cujos títulos incluem Beautiful Girl On The Toilet 2 - Secret Excrement, The Neighbour’s Sister Has F-Cup e Golden Enema 2. Ele também dirigiu algumas comédias de terror, entre elas A Larva To Love, que conta a história de um homem que faz uam cicatriz na cara de uma mulher e então tem que ficar dando seu sangue pra ela não morrer, e um outro chamado Cat-Eyed Boy olha o pôster que lindão:

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Uma vez ele meio que sequestrou uma atriz, de acordo com a entrevista que deu pra New York Magazine:

P: Qual foi a coisa mais maluca que já aconteceu em um de seus sets?
A: Teve uma atriz que tinha um papel no meu filme Sukeban Boy. Ninguém – nem o agente dela – contou como seria a parte dela no filme. Só disseram que ela faria uma cena num cenário primaveril. Mas na verdade ela teria que fazer algumas cenas de ação completamente nua. Daí ela apareceu no set, e quando descobriu como seria a cena, disse, “Não quero participar disso” e fugiu correndo. Tivemos que acalmá-la, capturá-la, e convencê-la a fazer o trabalho
P: Capturá-la?
R: Fizemos isso para ela não ir embora. Tenho certeza que se tivéssemos o mesmo sistema legal que existe nos EUA, por exemplo, seríamos processados.

Antes de RoboGeisha, ele fez um filme chamado Machine Girl, que é legalzinho, mas o filme mais novo dele, Mutant Girl Squad, é que promete:

Ele tem a imaginação de uma criança de seis anos, quero dizer, completamente sem limites ou inibições. Seu processo mental parece ser: “Daí o templo vira um robô Godzilla e começa a andar e esmagar todos os prédios e os prédios sangram e aí a moça gueixa vira um tanque de guerra e sobe nas paredes e eles lutam e a outra moça gueixa vira um robô e fica girando e depois vira uma broca”. Daí ele filma isso.