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VICE News

As rebeldes do Curdistão

A construção da pátria curda também se faz de saias.

Poucas coisas assustam a mente masculina como uma mulher de armas. Foi assim com a rainha Boadiceia e foi assim com o Cabo Klinger. Mas os curdos do Norte do Iraque não querem saber das diferenças e alistam toda a gente que esteja disposta a lutar pela construção de um país naquele bocado de terra que alberga territórios do Iraque, do Irão, da Turquia e da Síria. Aqui, numa região que não é propriamente conhecida pelos direitos no feminino, as mulheres lutam ao lado dos homens e construíram uma reputação respeitável como guerrilheiras do exército de libertação curdo. Depois da primeira Guerra do Golfo, os curdos conquistaram uma porção significativa de território no Norte do Iraque e passaram os 20 anos seguintes embrulhados em guerras de guerrilha junto à fronteira com a Turquia na tentativa de construir um país para si. Todos são chamados a cumprir o dever patriótico, homens ou mulheres, e há varios grupos com estratégias e ideologias diferentes (o PKK, o PJAK, o KCK), ainda que o objectivo seja comum.