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Tudo que sabemos até agora sobre os ataques terroristas em Bruxelas

Três explosões atingiram a capital da Bélgica hoje. Até agora, a informação é que ao menos 34 pessoas morreram e 136 ficaram feridas, mas esses números devem subir.

Várias explosões atingiram a capital da Bélgica hoje, com duas explosões no aeroporto internacional de Bruxelas por volta das oito da manhã e uma terceira no sistema de metrô logo depois disso. Até agora, a informação é que ao menos 34 pessoas morreram e 136 ficaram feridas, mas esses números devem subir.

As duas explosões no aeroporto Zaventem aconteceram no salão de embarque, provavelmente perto do balcão da American Airlines. As autoridades belgas confirmaram que uma das explosões foi causada por um homem-bomba, enquanto a mídia local informou que a segunda foi uma bomba detonada à distância. Uma testemunha disse que a segunda explosão derrubou os painéis do teto e destruiu encanamentos.

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"Foi uma atrocidade. O teto desmoronou", ele disse. "Havia sangue por todo lado, pessoas feridas, malas espalhadas. Estávamos andando nos escombros. Foi uma cena de guerra."

A ministra da saúde belga, Maggie De Block, disse que 11 pessoas morreram e 81 ficaram feridas nas explosões no aeroporto.

A explosão no metrô teria acontecido num trem chegando à estação Maalbeck. Uma testemunha disse ao POLITICO: "Eu estava no trem chegando à estação [Maalbeck] quando houve uma grande explosão. As luzes se apagara, a fumaça tomou tudo, mais sons de explosões e todo mundo caiu no chão."

La Stib, a empresa operadora do metrô, confirmou 15 mortos na explosão na Maalbeck, com 55 feridos – 10 em estado grave.

Os ataques vieram quatro dias depois que o fugitivo Salah Abdeslam, suspeito de participar nos ataques de novembro em Paris, foi preso após uma troca de tiros com a polícia no distrito de Molenbeek, Bruxelas, onde várias pessoas envolvidas com os ataques de Paris supostamente moravam. O alerta de terror na Bélgica foi elevado ao máximo, o transporte ferroviário para o aeroporto foi suspenso, todos os voos foram desviados e a Eurostar suspendeu todos os trens entrando e saindo de Bruxelas.

O jornal Libération informou que a fronteira entre França e Bélgica está fechada para todo o tráfego, e policiais e soldados foram enviados para reforçar a segurança dos dois principais aeroportos de Paris, Charles de Gaulle e Orly. O ministro do interior francês Bernard Cazeneuve disse que cerca de 1.600 policiais extras foram mobilizados para as fronteiras, aeroportos e estações, com mais 400 focando em Paris.

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No Reino Unido, o comissário da Polícia Metropolitana Mark Rowley anunciou que, como precaução, "forças do Reino Unido já aumentaram o policiamento em locais-chave, incluindo centros de transporte, para proteger o público e fornecer segurança". Ele acrescentou que a mobilização de mais policiais foi baseada numa "informação ou inteligência específica".

O primeiro-ministro belga, Charles Michel, disse numa entrevista coletiva: "O que temíamos aconteceu", pedindo em seguida "calma e solidariedade".

Vários líderes mundiais comentaram a situação. David Cameron, primeiro-ministro inglês, tuitou: "Estou chocado e preocupado com os eventos em Bruxelas. Faremos todo o possível para ajudar"; enquanto o presidente francês François Hollande disse: "Expresso minha solidariedade para com o povo belga. Toda a Europa foi atingida com o ataque a Bruxelas".

O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, disse que o atentado marcou "outro ponto baixo" para os terroristas, acrescentando: "Estou chocado com os atentados desta manhã no aeroporto de Zaventem e no distrito europeu de Bruxelas, que custaram várias vidas inocentes e feriram muitas outras".

O Telegraph informou que dois supostos terroristas, Mohamed Abrini e Najim Laachraoui, que estariam envolvidos nos ataques de Paris em novembro – e ainda não foram capturados – provavelmente serão investigados pelos ataques de hoje.

Para atualizações da situação, visite a VICE News.

Tradução do inglês por Marina Schnoor.