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Pedi ao Ator Pornô James Deen para Me Ajudar a Resolver Minha Seca Sexual

O garoto-maravilha da pornografia me passou algumas dicas sobre conseguir me conectar com outras pessoas e conseguir sair dessa pindaíba desgraçada.

Estou passando por uma odisseia que envolve uma falta risível de momentos de calor humano que eu poderia postar no Instagram. Não culpo ninguém. Posso atestar plenamente que essa rotina é culpa minha. Mas, agora que esgotei minha cota de encontros com caras extraordinários (um deles queria realmente discutir como ele "comia como passarinho"), passei muito do ponto de simplesmente aceitar qualquer pinto por aí.

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Mas será que tenho esse luxo? Minha libido precisa de uma resposta.

Para ter uma perspectiva diferente, liguei para o garoto-maravilha do pornô James Deen (link obviamente NSFW). Quem já viu o James atuar, sabe que ele tem uma habilidade única de criar uma química quase palpável com qualquer pessoa em quem ele insira seu pênis – incluindo gente que eu não descreveria exatamente como carismática (leia-se: a mina do Backdoor Teen Mom). Eu sei que ele é um artista, mas ainda existe alguma coisa que ele emite que é simplesmente impressionante. Então, achei que ele podia me ensinar alguma coisa sobre me conectar.

Se, aparentemente, podemos nos apaixonar por qualquer pessoa, algo similar pode rolar com o sexo, principalmente quando parece que o amor é inatingível? Tenho o James em alta conta. Achei que ele teria a(s) resposta(s).

Tire um Tempo para Falar e Ouvir

Ele não tem as respostas. O James é muito claro sobre isso desde o começo. Mas fico aliviada quando ele me diz que não existem poderes que o façam se sentir atraído por alguém que ele não sente atração.

Mas ele reconhece a importância da comunicação. James faz questão de conversar com suas parceiras para entender suas intenções e, assim, chegar ao nível delas.

"Quando estou fazendo sexo com uma pessoa, os desejos e as motivações dela para o sexo podem ser uma coisa física, emocional ou simplesmente por diversão", ele diz. "É uma questão de trabalhar com a pessoa e depois fazer as coisas juntos. Mas não existe um truque que vai funcionar todas as vezes com todo mundo."

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Ele já teve de trabalhar pessoas com quem ele não se conectou – geralmente como resultado de uma atitude baseada na ilusão –, o que vai resultar numa cena em que eles estão "fisicamente envolvidos no ato sexual e nada mais, e isso é algo desligado".

Ele compara isso à diferença entre filmar softcore e hardcore. "Às vezes, o sentimento não está ali. Mas é o que você traz com você que te faz gozar."

O que entendi: geralmente, tenho zero expectativa e, portanto, pouco entusiasmo quando vou à maioria dos meus encontros, que são arranjados pelo Tinder. Trago a mesma energia que levaria se estivesse conhecendo um estranho que um amigo de outra cidade queria que eu conhecesse: uma simpatia padrão à distância de um braço. Deixo o verdadeiro calor em casa, com o meu cachorro.

Se percebo que não temos muito em comum, tendo a me fechar rapidamente, confiando na educação mais básica e alguns galanteios para me tirar do nosso (geralmente) curto encontro. Com certeza, não trago nenhuma profundidade para o jogo. Essa frieza distante é meu mecanismo de defesa mais forte: é o que deixa claro que não estou interessada.

É inquestionável que eu deveria tentar absorver a abordagem mais coração aberto do James num nível emocional. É uma questão de fazer o melhor possível para me conectar, independentemente de sentir algo significativo. Também é uma questão de sermos humanos juntos.

Aprenda a Ser Compreensivo

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Quando se trata de ficar íntimo de alguém que, digamos, não tem uma boa higiene, o James faz o melhor para não deixar o julgamento comandar. Novamente, isso tem a ver com comunicação e entendimento.

"Não é a coisa que julgo, mas a motivação por trás disso", ele explica. "É tipo: 'Ah, você não escovou os dentes, porque é uma porca' versus 'Ah, você não escovou os dentes, porque está com um problema terrível na boca, que você vai consertar na semana que vem, e não pode fisicamente escovar os dentes'. Aí isso faz sentido. Estou feliz que você esteja tomando conta do seu corpo e compreendo isso."

O que eu entendi: novamente, posso aprender com a sensibilidade do James e conter meu instinto de dispensar tantos caras. Acabei com um encontro uma vez em 20 minutos, porque o cara era um fumante de dedos amarelos (felizmente, nos encontramos para uma caminhada no meu bairro), e risquei da lista um cara razoavelmente legal (apesar de pouco estabelecido profissionalmente pro meu gosto), porque eu só conseguia me focar no terçol gigante dele.

Isso não quer dizer que essas imperfeições específicas foram o que matou o negócio – é só que elas não ajudaram a me atrair mais. Novamente, vou aprender com a página do livro do James sobre ser compreensiva e ouvir mais. Desse jeito, há uma chance maior de me conectar de outras maneiras, mesmo que não romanticamente. Não há nada de errado nisso.

Viva a Vida, Cara, Mesmo se Transar Não for Uma Grande Parte Disso

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Mesmo um cara cuja profissão envolve transar com diferentes mulheres todo dia reconhece que a vida é um desafio constante e que nunca vai parar de jogar ainda mais desafios na sua cara.

"As pessoas crescem, se tornam misantrópicas e acham que a vida é difícil, que você tem de fazer merda. Quando a merda fica difícil, isso afeta sua vida", ele frisa. "Aí, algo simples como querer sair e encontrar alguém para tocar seus genitais, se torna um processo. Não é tão simples quanto pensar 'Ah, gosto dele. Ele é bonito, vamos meter'. Quanto mais velho você fica, mais vida você tem de onde tirar experiência. E, quanto mais experiência, mais difícil as coisas ficam. A vida é difícil."

Ainda assim, eu não hesitaria em rotular o James como "posicore", já que ele tem uma abordagem de Ursinho Carinhoso para qualquer coisa que cruze seu caminho. Até em relação aos meus problemas desesperadores, para os quais ele não tem nenhuma resposta concisa.

"O fato de que você está lidando com esse problema de não transar significa que você está vivendo, você está vivendo a vida. Abrace a vida e deixe as paradas rolarem naturalmente", ensina James. "Sexo é importante, mas não é o sentido da vida. O fato de termos um cérebro grande o suficiente para aproveitar isso já é interessante pra caralho."

O que entendi: OK, imagine o som do ar sendo liberado lentamente de uma bexiga. Esse é o nível de alívio que sinto quando James – famoso por ganhar a vida fodendo – me garante que sexo não é a coisa mais importante do mundo.

Mesmo tendendo a me consumir (e entrar em pânico) com o pensamento de onde vou encontrar alguém com quem eu consiga me dar bem, posso funcionar num nível administrável aceitando quem eu sou. Até as coisas mudarem, me conforto com as palavras e imagens em movimento que o James, seu coração aberto e seu pau duro colocam neste mundo.

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Tradução: Marina Schnoor