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Fotos

Algumas fotos do "In the Light of Darkness"

Kate Brooks passou dez anos a fotografar conflitos no Médio Oriente.

Logo após o atentado que destruiu as torres do World Trade Center, a fotojornalista Kate Brooks apanhou o primeiro voo para o Paquistão, assegurando, assim, a posição mais vantajosa para documentar as repercussões militares e geopolíticas que se seguiram aos ataques do 11 de Setembro. Nos dez anos seguintes, Kate fotografou assiduamente as insurreições, guerras e revoltas que despontaram por toda a região. As suas viagens levaram-na ao Irão, Iraque, Afeganistão, Iémen, Líbia, Líbano e outros países cheios de instabilidade e conflitos.

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O ambiente em que Kate estava metida — e o facto de ser mulher — obrigaram-na a ser extremamente astuta, engenhosa e corajosa. Uma vez, para conseguir atravessar a fronteira sem problemas, colocou estrategicamente tampões e lingerie nas malas, de forma a desencorajar os guardas da alfândega egípcia a inspeccionar ou apreender o seu equipamento fotográfico. As fotografias de Kate já apareceram na Time, na Newsweek, na New Yorker e em muitas outras publicações. O seu mais recente livro, In the Light of Darkness (a ser lançado este Outono pela Schilt Publishing), compila algumas das fotografias mais impressionantes, bem como uma série de relatos pessoais que descrevem a sua jornada desde o Paquistão do virar do milénio até às revoltas do mundo árabe ainda em curso.

Adolescentes libaneses a ver ataques aéreos israelitas numa colina de onde se consegue ver a cidade de Beirute, no início da Guerra do Líbano de 2006 135 pessoas morreram numa explosão de um carro-bomba junto à mesquita Imã Ali, em Najaf. O ataque tinha como alvo um proeminente líder xiita e deu-se quando os fiéis abandonavam o local de culto depois das orações de sexta-feira. Sangue nas ruas junto à mesquita Imã Ali, depois do atentado. Provas de vários atentados armazenadas na sede do FBI, em Bagdade. Forças norte-americanas lançam fachos sinalizadores enquanto sobrevoam o sul do Afeganistão. Afegãos trepam as paredes de um estádio para conseguir assistir ao primeiro jogo de futebol público depois do colapso do regime Talibã. Antes disso, os Talibã usavam o estádio como palco de execuções públicas. Uma mulher queimada com ácido num abrigo em Islamabad. O ácido é frequentemente utilizado para desfigurar e matar mulheres por causa de conflitos relacionados com honra. Se o homem for condenado, apenas tem, na maioria das vezes, de cumprir uma sentença de alguns meses. O que restou depois dos ataques aéreos israelitas no sul de Beirute. Soldados libaneses nos escombros de um ataque aéreo israelita. Durante toda a Guerra do Líbano de 2006, o exército libanês recebeu ordens para não lutar. May Chidiac, apresentadora de telejornal libanesa, sobreviveu a um ataque bombista em 25 de Setembro de 2005. Ficou sem um braço e uma perna. A General Khatol Mohammadzai, a primeira paraquedista do Afeganistão, era a mulher com o posto mais elevado na Força Aérea afegã. Até que os Talibã a obrigaram a tirar licença com uma indeminização de 9€ por mês. Presumíveis mercenários detidos num posto de controlo na estrada que liga Bengasi a Tobruk. Rebeldes líbios desenham posters numa das divisões da antiga sede de segurança interna de Khadafi, em Bengasi. “Seja bem-vindo à terra livre da Líbia”, escrito nas paredes de um edifício num posto militar, juntamente com os nomes de tribos e pessoas.