Estas são as políticas do Facebook para moderar supremacia branca e ódio
Imagem: Evelyn Hockstein/For The Washington Post via Getty Images.

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Estas são as políticas do Facebook para moderar supremacia branca e ódio

Enquanto os discursos de ódio continuam a ser um problema nas redes sociais, publicamos uma selecção extensa de material que mostra como o Facebook vê de forma geral estas questões.

Este artigo foi originalmente publicado na nossa plataforma Motherboard.

Há várias semanas que a Motherboard tem dado conta dos recentes materiais de formação disponibilizados aos moderadores do Facebook - os trabalhadores da empresa que se dedicam a tentar manter o terrorismo, abuso sexual e outros conteúdos ofensivos fora da plataforma. Algum material mostrava como o Facebook tinha algo parecido com um cálculo interno para reconhecer discurso de ódio em território norte-americano, especialmente depois dos eventos de Charlottesville, em que um supremacista branco matou um contra-manifestante com um veículo.

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Agora, para explicar melhor o contexto em que o Facebook decide que tipo de conteúdo está relacionado com ódio, a Motherboard publica uma selecção mais extensa desses materiais de formação mais recentes. Estes incluem detalhes adicionais de como é que o Facebook diferencia entre supremacia branca, separatismo e nacionalismo - classificações que alguns especialistas dizem ser a mesma coisa -, bem como como personalidades ligadas a essa cultura do ódio e discursos de uma forma mais geral. O The Guardian publicou anteriormente documentos relativos à moderação do discurso de ódio, entre os quais se encontravam alguns que se focavam particularmente em imigrantes.


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O Facebook publicou um esqueleto das suas políticas relativas a discurso de ódio, mas estes documentos agora revelados incluem detalhes a um nivel muito mais detalhado. Para saber se o Facebook está, de facto, a seguir as suas políticas, ou o que a plataforma considera sequer como sendo discurso de ódio, é necessário mais informação do que aquela que o Facebook tornou pública. Todavia, para ser claro, os documentos não apresentam necessariamente o quadro geral de como um moderador deveria tratar situações de discurso de ódio em cada situação: em vídeos a que a Motherboard teve acesso, os formadores reiteraram certos pontos quando lhes foram colocadas questões pelo público.

Em vez de publicar os conteúdos originais, a Motherboard reconstruiu o conteúdo dos slides para remover detalhes identificáveis. O texto permanece intacto. O contexto que a Motherboard acrescentou está entre parêntesis rectos.

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"As nossas políticas contra grupos de ódio organizados e individuais são já de longa data e explícitas - não permitimos que estes grupos mantenham uma presença no Facebook, porque não queremos ser uma plataforma de ódio. Ao combinar a tecnologia e as pessoas, trabalhamos com determinação para excluir conteúdo extremistas e organizações de ódio da nossa plataforma", disse previamente o Facebook à Motherboard.

Abaixo podes ver os slides em inglês.


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