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Noisey

Rica Pancita analisa os lançamentos da sexta #92

Finalmente é primavera. O calor vem e os lançamentos daora vêm com ele.

Fala, turma show.

Acabou o inverno. Acabou. Chega. Fim. Daqui em diante já é primavera, o que ao menos dos lados de cá da Guanabara significa costas suadas no banco do ônibus já às 7h da manhã. Porém é um pequeno preço a se pagar em troca da alegria que é um solzinho batendo legal. Calor é daora, viva o calor.

Falando em primavera/verão, deixo como primeira indicação o set pré-pré-pré-PRÉ-Carnaval do La Furia, com versões pagode baiano para diversos hits como “Baile da Penha”, “Vou Catucar Seu Boga” e “Fábio Assunção”. Só nas bacurinhas:

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Dito isso vamos aos lançamentos LANÇAMENTOS mesmo que teve essa semana. Só as inéditas.

----AS MELHORES DA SEMANA----

Kero Kero Bonito - “Make Believe”
Mais um popzinho bonito de tudo, puxando um pouquinho mas bem pouquinho só o J-Pop da década passada. Tudo muito do bonitinho, a voz, a melodia, os timbres.

Brockhampton - iridescence
Baita disco. Novamente totalmente recomendado esse aqui. Começou bem mas pra mim tava na onda “galera empolga demais com os cara” até chegar em “Where The Cash At”. Dali em diante (apesar que “Weight” que vem logo na sequência dá uma baixada) é uma bela sequência de batida grave pra caralho, grave de botar o volume alto e fazer vibrar os vidros das janelas da vizinhança. Dá uma leve (bem leve) caidinha na sequência “San Marcos” / “Tonya”, mas até aí tudo bem também, porque a grande maioria tá alto nível. É bom os menino.

Macy Gray - Ruby
Disco bem bom de R&B e soul e demais vertentes da música negra norte-americana. Não há uma faixa que realmente prenda a atenção, até por serem gêneros que até que já tem bastante coisa lançado já ao longo de décadas. Mas todas as faixas são muito bem feitinhas, muito bem produzidinhas, melodias bem pra cima, sendo uma boa trilha pra alguma coisa aí que você esteja fazendo.

Ed Motta - Criterion of the Senses
Um disco que ainda tá na onda do AOR, mas tá indo menos pro AOR do que os discos anteriores, e voltando mais pros lados do soul-jazzinho-puro-bom-gosto. Jazzinho Soul de quem só consome bebida alcóolica de excelente qualidade e lê vários livro. De qualquer forma quando entra o timbrezinho do piano elétrico aí é uma beleza. Bom disco.

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Lupe Fiasco - Drogas Wave
Infelizmente não há condições de eu ouvir esse disco de 1h38 na íntegra e entregar essa coluna. Então ouvi as 9 primeiras e daí em diante foi só passada rapidíssima faixa por faixa. E muito bom o que ouvi. Dei uma pesquisada bem rápida e parece que tava segurando esse disco há 2 anos, e a impressão de ouvir as melodias e batidas e tudo mais foi de algo bem descolado do que tá sendo produzido atualmente. É um passo pra trás, o que é bom por um lado que dá uma variada no negócio, mas por outro lado tem umas aí que com certeza ele podia ter deixado guardado lá em 2016 mesmo (das que passei por cima “XO” foi o melhor exemplo de som que não precisava). É um bom disco? É. Podia dar uma reduzida na quantidade de faixas? Com certeza.

----AS OUTRAS BOAS TAMBÉM----

Emicida - “Inácio da Catingueira”
Rapaz. Boa música. Nada de grandes novidades na batida, mas foi um papo bom. Daí faz sentido num inventar muita graça na base mesmo. Então é isso aí. Boa.

Elle King - “Naturally Pretty Girls”
Hard rock ok. Não me interessa em praticamente nada, mas ainda tem muita festa indie ao redor desse território brasileiro que esse tipo de som rola tranquilo. É boa, mas não é pra mim.

Norah Jones - “A Song With No Name”
Folkzinho muito bonitinho com produção do Jeff Tweedy. A primeira impressão que eu tive mesmo MESMO era que se tratasse de um cover da Cat Power, mas daí pesquisei e não é o caso não. Então acho que isso meio que descreve qual que é a da música. É boazinha sim.

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Lana Del Rey - “Venice Bitch”
Bom folkzinho na guitarra, que dura lá uns 3 minutos, seguidos de 6 minutos SEGURANDO NA BASE, metendo um vocalzinho aqui, uma palhaçadinha no synth acolá, enfim fazendo a música render 9 minutos. É boa, mas são 9 minutos segurando na base, tem que lembrar disso.

Tyler, The Creator - “Peach Fuzz”
Eu ouvi essa faixa umas 4 vezes e não cheguei a conclusão nenhuma. É boa, tem uma batida R&B bem lentinha, mas não segurou minha atenção, 1 minuto de faixa e minha cabeça já tava em qualquer outra coisa. Mas é boa, de qualquer forma.

----OUTRAS NÃO LÁ TÃO BOAS----

Fresno - “Hoje Sou Trovão, Pt. 2”
É um rap com o Rashid. A base mesmo pode ser considerada de rap, com um pézinho no Linkin Park. De Fresno mesmo só os vocalzinhos de fundo. Gostar eu não gostei não.

Avril Lavigne - “Head Above Water”
Longuíssimos 3:40min que parecia que não acabava nunca. Aquele pop-folk que é mais pra mostrar a POTÊNCIA VOCAL da artista do que qualquer outra coisa. Aí ok, mó POTÊNCIA, mas nossa senhora, que bagulho chato de ouvir.

Negra Li - “Malandro Chora”
Putz. Aquele samba-rock exageradamente muito bem produzidinho, desses que toca em rádio de MPB e que não empolga tanto assim. Não querendo palpitar muito, mas já palpitando, os produtores que querem partir pro samba-rock tem que dar um jeito nisso aí, porque é um negócio estagnado há décadas já. OKzinha-inha.

Eminem - “Killshot”
Ah mano. Já falei que meu inglês é mó bosta, mas só de ouvir o comecinho falando de Rihanna já matei “é música de indiretinha”. Daí mano por que que dão moral pra música de indiretinha? Música com data de validade. Cês que alimenta essa bobagem. Eu não, eu votei no outro (no Slick Rick).

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