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Morreu o Macho Man Randy Savage

A notícia estalou na página principal do Yahoo, na noite de ontem [20 de maio]: “Macho Man” Randy Savage, a lenda da luta-livre americana, tinha morrido nessa mesma manhã num acidente de carro em que, supostamente, embateu contra uma árvore.

A notícia estalou na página principal do Yahoo, na noite de ontem [20 de maio]: “Macho Man” Randy Savage, a lenda da luta-livre americana, tinha morrido nessa mesma manhã num acidente de carro em que, supostamente, embateu contra uma árvore. Isto foi em Tampa, na Flórida. Algumas fontes referem que pode ter perdido o controle da viatura depois de uma indisposição. Ao seu lado estava a esposa Lynn, que apenas sofreu pequenas lesões. Como quase sempre acontece nestas situações, a morte de uma figura do espectáculo ganha volume como uma bola de neve. Mas, até agora, a fatalidade tem tido um impacto discreto. Talvez porque as notícias associadas à luta-livre nem sempre são muito credíveis, ou até mesmo porque “Macho Man” era uma figura de culto e, logo, de interesse menor para as grandes massas.

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Contudo, para quem acompanhou a WWF, a principal divisão de wrestling agora chamada WWE, “Macho Man” foi uma referência durante o período de ouro, em que a indústria dos homens musculados conquistou o mundo e assegurou a transmissão (e a popularidade) em dezenas de países. Repare-se, por exemplo, em como os anos de “Macho Man” na WWF coincidiram precisamente com a era clássica dessa divisão (1985-1994). Randy Savage, tal como Michael Jordan ou Mike Tyson, foi um daqueles fenómenos cuja grandeza quase transcendia a da modalidade que praticavam. Quando assim acontece, o mundo passa a acompanhar o homem e ganha depois interesse pelo desporto.

Embora sejam habituais os exageros, que a internet dedica a recém-falecidos de talento variável, “Macho Man” Randy Savage merece uma homenagem hiperbólica porque também ele foi isso mesmo: a hipérbole do lutador. Quando entrava no ringue, ao som de uma das “Marchas de Pompa e Circunstância”, de Edward Elgar, sabíamos de imediato que o espectáculo estava garantido. Ali estava o homem dos olhos claros em fúria constante e cabelo despenteado à maneira de um Neandertal. “Macho Man” era também inconfundível no estilo dos seus trajes: uma mistura de cowboy do futuro com George Clinton, da fase mais fora da nave-mãe do funk Parliament-Funkadelic, com tudo o que isso tem de berrante e de perigoso para epilépticos.

Antes dos mais importantes combates, as suas provocações eram distintas, quer pela voz rouca de marca e um discurso completamente alucinado (“Ooh yeaah!”), quer pelo dedo sempre apontado a rivais como Hulk Hogan ou Ric Flair. No ringue, “Macho Man” Randy Savage era um lutador de entrega incomparável (dava duplas patadas como ninguém) e chegava mesmo a extremos pouco recomendáveis para um espectáculo familiar. É com uma profunda admiração e saudade que escolhemos uma série de vídeos para representar a vida da lenda “Macho Man”. A luta está de luto.

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Fiquem com alguns vídeos para o recordar.

Tributo:

Desentendimentos:

Foi também um romântico:

Provocações antes do Royal Rumble:

Mentira, claro: