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Entretenimento

Os memes bordados que bombaram na internet

Uma tuitada violenta do Neymar alavancou o empreendedorismo online de uma jovem carioca.
Imagem via Instagram @bordados44.

A timeline do Twitter é uma surra de impactos diariamente. Os algoritmos estão aí para isso. E numa dessas, decorrente da chuva de likes e RTs, a carioca Sofia Alves, 23, teve seus minutos de fama na rede social mais instantânea do universo graças aos bordados feito por ela.

Sofia decidiu aprender a bordar em 2017. Comprou apenas um bastidorzinho (a moldura do bordado) e deixou de lado. Em meados de setembro, resolveu dar um gás na costura e comprou o que faltava: tecido, linha e agulha.

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Uma encomenda fez toda a diferença. Como presente, uma amiga pediu um bordado que era um tweet do Neymar e não sabia se era possível ser feito. Daí veio o estopim para Sofia, que relata ter sentido aquele clique mental e questionado: "Como eu nunca pensei nisso antes?".

"Fui postando as fotos no meu Instagram normal. Mostrando pros meus amigos, sem pretensão de absolutamente nada. E quando eu postei no Twitter o pessoal começou a me perguntar se eu estava vendendo e falei: 'Não gente, que vendendo? Estou fazendo só'", explica a carioca, que afirma ter recebido replies e DMs massivamente querendo eternizar memes e tweets favoritos o quanto antes.

"Eu acho muito doido as pessoas encomendarem um tweet", comenta. Graças a enxurrada de pedidos, ela começou a receber as encomendas e a vender para todo o Brasil; aproveitando o momento para fazer uma graninha, já que a recém-formada em psicologia está sem emprego.

"O que eu mais tenho feito são os bordados baseados em foto – que a minha namorada faz o desenho e eu bordo – e os bordados de tweets". Ela adianta que os valores ficam de acordo com os pedidos de desenho. Em média, o custo é de R$ 40 a R$ 80, variando entre o tamanho e o desenho aplicado, levando em conta que o valor cobre os custos do material, do desenho (que vai para a namorada e parceira de trampo) e a mão de obra.

Sofia diz que o tempo está bem apertado para dar conta de tudo, além de ter que lidar com a ansiedade da galera nos pedidos e a sua própria para entregá-los. "Até hoje eu não fiz nenhum bordado para mim, nem camisa", confessa.

Em compensação, a bordadeira diz que é um conforto ouvir o retorno de quem recebe os bordados e perceber o interesse do pessoal em manter recordações de fotos, desenhos, grafites, camisetas e claro, os tweets nos bordados. "Acho muito importante pensar o quanto as pessoas dão valor a algo feito a mão, que é trabalhoso, demanda tempo e toda a questão da criatividade, de como você faz. Isso é muito positivo", finaliza.

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