Popgroup Recordings
7/10 A história conta que o DJ Baku desviou a atenção do rock para o hip-hop, porque a segunda opção era mais simples e adequada à sua mente pouco brilhante (alegação modesta do próprio). Interessava-lhe um tipo de música sucinta e assente apenas no ritmo e no baixo. Entretanto Baku viu um DJ no filme Juice, que conta com Tupac Shakur, e achou que esse deveria ser o caminho a seguir. Com os ouvidos pregados a JapOneEra, o mais recente longa-duração de DJ Baku, torna-se quase impossível descobrir onde anda o tal jovem que um dia foi atraído pela faceta mais básica do hip-hop. As malhas de JapOneEra avançam à velocidade dos Lightning Kicks, da Chun-Li (Street Fighter), e misturam uma quantidade tal de tecidos musicais que passa a ser difícil distinguir onde começa e acaba cada coisa, no furacão psicadélico de DJ Baku. Na maneira como viaja por referências, com os pés assentes num beat e sem temer uma progressão alucinante, este DJ Baku lembra-nos muito mais alguém como o nosso Ride, do que o seu próprio conterrâneo DJ Krush (que opera numa dimensão meditativa à parte). Tanto quanto lhe é possível, JapOneEra é uma experiência híper-cafeinada, que recomendaríamos a todos os estudantes que necessitem de passar noites inteiras a estudar (e a fazer actualizações sobre isso no Facebook). DJ Baku encontra-se em velocidade warp e vai ser difícil apanhá-lo assim.