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Por Dentro da Retrospectiva da Björk no MoMA

Veja detalhes da enorme retrospectiva da Björk no MoMA em Nova York.

Chris Cunningham, Robô de "All is Full of Love", 1999. Crédito do autor.

Björk, a retrospectiva de meia carreira que abriu dia 8 de março, enche o Museu de Arte Moderna de Nova York com mais de 20 anos de trabalho da icônica artista. Desde Songlines, sua turnê narrativa multimídia por seus sete álbuns, até Black Lake, a instalação imersiva que coloca os espectadores dentro de um ambiente sonoro customizado. A música e a arte de Björk ficam no palco central da exposição, tratando os fãs e amantes de arte como uma experiência de crescimento, morte e renascimento.

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Björk. Ainda de “Black Lake”, autorizado pelo Museu de Arte Moderna, de Nova York, e dirigido por Andrew Thomas Huang, 2015. Cortesia de Wellhart e One Little

“Essa é uma exposição sobre música”, disse Klaus Biesenbach, curador chefe do MoMA e diretor do MoMA PS1, ao The Creators Project. “Eu conheci a Björk bem cedo em 2000 e eu acho que o que curadores fazem quando conhecem uma grande artista, porque eles são curadores, é dizer ‘nós deveríamos fazer uma exposição juntos’”. 12 anos depois, seguido da turnê Biophilia, Biesenbach finalmente conseguiu convencê-la.

A exposição toma três andares do MoMA: instrumentos, incluso um gameleste, um órgão de tubos, uma harpa e uma bobina de Tesla feita sob medida para Biophilia ressoam na entrada durante diferentes horas do dia. No Marron Atrium do segundo andar, uma tela de cinema mostra vídeos musicais da Björk escolhidos a gosto de Michael Gondry, Spike Jonze e outros. Em uma sala separada forrada com 8 mil pirâmides customizadas desenhadas por arquitetos, The Living, o filme de 10 minutos Black Lake dirigido por Andrew Thomas Huang passa sem parar. O terceiro e último piso mostra Songlines, uma jornada sônica pelos visuais, músicas e colaborações da Björk, incluindo os robôs Chris Cunningham projetados para o vídeo de “All Is Full of Love”, o vestido de cisne de 2001 desenhado por Marjan Pejowski e o vestido de 2013 de Biophilia de Iris van Herpen, tudo guiado por uma biografia narrativa poética e ficcional escrita pelo islandês Sjón.

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 (à esquerda) Iris Van Herpen, vestido de Biophilia, 2011. (à direita) Marjan Pejoski, vestido de cisne, 2001.

“Na segunda-feira, Björk e eu estávamos rindo sobre isso, porque eu fiz uma metáfora tão engraçada”, diz Biesenbach. “Eu disse ‘nós temos esses instrumentos divertidos especialmente para as crianças no andar debaixo, Black Lake é como um coração pulsante, porque é como uma caverna, e é vermelha, e o cinema é para os olhos e Songlines é para os ouvidos. Então nós fizemos um corpo, basicamente’”.

Aquilo que vem para completar a exposição é tão multivalente quanto a artista, e cada pedaço é fugaz e intangível como sua música. Desenvolvido durante o curso de sua separação com um namorado de longa data e colaborador Matthew Barney, uma agitação dolorosa da artista expressa em Vulnicura de 2015, o show é uma celebração da colaboração singular criativa e o poder da música em si. Talvez seja seu antigo amante, seu próprio sofrimento, em seu antigo eu que se lança como uma casca quebrada que ela diz na letra de “Black Lake”. Qualquer que seja o que for que encontre plenitude na Björk, o faz com tanta graça e gosto que alcança toda sua carreira. Como uma nova pedra formada pelo magma que escorre da caverna de Black Lake, o que vier em seguida para a artista, como sempre tem sido com a Björk, será triunfante, orgânico e novo. Na coletiva de imprensa, Biesenbach até anunciou que a Björk já completou seu novo trabalho que será revelado perto de 16 de março.

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(à esqueda) Matthew Barney, Vespertine Music Box, 2001. (à direita) Alexander McQueen, Bell Dress, 2004 e Val Garland, Crystal Mask, 2003/2015

Encyclopedia Pictura, Isaiah Saxon e Sean Hellfritsch, figurino de "Wanderlust" e Yak, 2007

“Eu acho ela uma grande inovadora”, conclui Biesenbach. “Ela é uma inventora de um jeito quase científico. Ela é uma criadora, como uma artista, inovando em novas formas, sempre com um conteúdo muito significativo, então eu acho que ela é uma dessas artistas que realmente criam a imagem e o som e a atmosfera do mundo em que estaremos. É muito interessante: em 2012, eu disse: ‘imagine sua retrospectiva de onde você terá chegado em 2015’. Então essa é uma retrospectiva do futuro”.

Björkno MoMA abriu para o público dia 8 de março de 2015. Clique aqui para mais informações.