Uma Playlist do Prince Para os Atletas Transarem Enquanto Fuçam o Tinder em Sochi

Caralho, parece que é uma grande novidade quando a mídia fica toda molhadinha ao ficar sabendo que a cada quatro anos quase três mil jovens de 20 poucos anos no seu auge físico ficam presos em uma pequena área por algumas semanas e trepam constantemente. É realmente inacreditável que as pessoas ainda fiquem impressionadas com isso, afinal, o Comitê Olímpico forneceu cem mil camisinhas na Vila Olímpica em Sochi esse ano e, em 2010, o Wall Street Journal informou que o pessoal estava transando tanto que uma fundação canadense de pesquisa sobre o HIV forneceu mais dez mil camisinhas antes que alguma bosta batesse no ventilador.

Porém, fazer sexo esse ano nas Olimpíadas ficou muito mais fácil e podemos agradecer à tecnologia por isso. De acordo com a ganhadora da medalha de ouro de snowboard, Jamie Anderson, o Tinder é a “evolução” da Vila Olímpica, o que faz você pensar o que exatamente isso significa. O co-fundador do Tinder, Justin Mateen, até chegou a publicar uma declaração pedindo para que os esportistas parassem de ficar no aplicativo tanto tempo e focassem mais nas competições. Isso é uma jogada esperta, porque certamente o truta não quer levar a culpa caso os esportistas não ganhem medalhas porque estão muito ocupados pensando se dão like ou dislike no Shaun White por causa do cabelo novo dele.

Eu nunca usei o Tinder [N. Ed.: Aham, até parece], mas julgando o número de amigos que casualmente dão uma olhada nisso todos os fins de semanas no Brooklyn, a frase do Anderson deve significar que a maioria desses atletas estão zapeando nessa parada em um nível quase não humano. O que, de novo, faz sentido, porque essas pessoas competem em níveis quase super-humanos e tem um rolê bem absurdo de comemorações e decepções em torno desse lugar. Deve ser um self-service de sarração, no qual o Tinder trabalha como um garçom que sempre volta para trazer refil da sua cerveja.

Enfim, estava falando sobre tudo isso com o meu editor no Noisey e ele me pediu para fazer uma playlist (que você vai encontrar abaixo) com músicas do Prince, porque eu amo o Prince e porque ele é o filho da puta mais sexy do planeta. Aí veio esse cara americano fazendo uma apresentação de patinação no gelo usando o símbolo do amor impronunciável do Prince nas costas e de repente esbarramos em um gancho de notícia. O Prince sempre sabe das coisas. Então, sem mais delongas, aqui estão As Melhores Músicas do Prince para Trepar com os Atletas que Você Conheceu no Tinder.

Teremos que começar por aqui, porque essa é a música que serviu de trilha para o americano Jason Brown quando ele patinou usando o símbolo do amor. Aliás, porque o símbolo do Prince não aparece mais no teclado do MacBook? Será que é porque o Prince declarou guerra à Internet uns anos atrás? Fica de boa, Apple. Aparentemente, o Brown também fez um passo do Karate Kid no meio de sua coreografia, o que deve bater algum recorde de coisas ridículas para se fazer nas Olimpíadas. Ele não conquistou a medalha, e por isso essa música é tocada durante as preliminares.

Essa vai para os atletas que estão na Vila Olímpica, porque é uma música cheia de frases irrelevantes costuradas com uma linha repetitiva. “Você tem uma bunda maravilhosa”, a.k.a a música tema de 2014 do Tinder. Sério, saca essa estrofe: “Você diz que me ama, que eu não faço nada bem/você quer que eu confie em você, eu gostaria de poder/Você não pode construir uma casa com madeira de plástico/você tem um traseiro maravilhoso.” Madeira de plástico? Madeira de plástico.

Essa é do meu álbum favorito do Prince, Dirty Mind (o que não significa que ela é minha música favorita do Prince) e parece um eufemismo apropriado para os atletas que usaram uma média de 14 camisinhas durante os jogos de 2012 em Londres. Quanto tempo as Olimpíadas duram? É estranho eu não saber responder isso? Alguém sabe a resposta? Aí, dá uma olhada na capa do álbum Dirty Mind. Agora me deixe perguntar para vocês, atletas do Tinder: “y ou n”?

A primeira música do primeiro álbum do Prince é também a primeira coisa que vem na mente do punheteiro olímpico quando ele vê uma foto da snowboarder medalhista de ouro Jamie Anderson. E agora, graças ao comentário dela pro US Weekly, nós já sabemos o que se passa na cabeça dela.

Quando eu era pequeno, meu pai sempre fazia aquela piada sobre um juiz da Alemanha Oriental que sempre dava notas ridiculamente baixas nas Olimpíadas para qualquer um que não fosse de um país comunista. Isso chegou a um ponto que tinha um esforço diário para que ele não soltasse essa em conversas aleatórias no escritório. Quão anos 80 isso é? E eu sei, os anos 80 foram os melhores primeiros quatro meses da minha vida. Sem nenhuma preocupação no mundo, dormindo de 18 a 20 horas por dia, brincando com qualquer coisa que estava ao alcance do meu braço, sem nunca precisar me mexer muito sozinho e sendo carregado para tudo quanto era lugar e não tendo que lidar com o Twitter. Cara, que saudades dos anos 80. Onde parei mesmo? Ah é, as Olimpíadas tem controvérsias às vezes.

MACIA E MOLHADA QUE NEM A NEVE, TÁ LIGADO? Rialto. Quantas pessoas na música moderna conseguiram sair ilesas ao usar um título que nem esse? E ele está falando muito sério, aliás. Deus abençoe esse homem.

Essa vai para todos os atletas que costumam dar uma checada na caixa de mensagens de “transas em potencial” no Tinder. Se ela existir, né? Não sei se rola mesmo, porque existe uma grande chance de a minha namorada jogar meu celular na privada se ela descobrir que tenho esse aplicativo instalado nele. Não que eu posso culpá-la, isso seria algo meio desconfortável de se encontrar no celular alheio. Talvez essa faixa devesse ficar mais pra cima, porque seria uma melhor trilha sonora para as preliminares olímpicas. Mas, de novo, às vezes é legal poder dar uma pausa depois que as coisas ficarem “Macias e Molhadas”, se você sabe do que eu estou falando.

As Olimpíadas são pessoas se encontrando e aprendendo sobre outras culturas, aprendendo sobre esportes novos e radicais e sobre… o corpo de outras pessoas. Especialmente na Vila Olímpica. Digo, se você vai sair para se tornar mais aculturado sobre o mundo, as mulheres do Tinder provavelmente esperariam um conhecimento nesse departamento lá no começo dessa lista. Mas como estamos quase no final, já era hora de alguém descobrir sobre essa parada.

Se essa faixa não é a música tema do Tinder, honestamente não sei o que vocês estão fazendo com esse aplicativo no celular. Saca a letra de abertura: “Eu sinto um tipo de amor por você/Eu não sei o seu nome”. Você está querendo trepar, né? Sem compromisso? Uma pequena, digamos assim, eletricidade para aliviar as longas horas que sucedem seu fracasso em conseguir aquela medalha de ouro – que foi visto pelo mundo inteiro –, quando você não tem nada a fazer exceto pensar em todas as pessoas que você decepcionou ao foder tudo no maior palco da humanidade? Isso é exatamente o que você precisa ouvir. Esse é o Prince e isso é declaradamente uma música pra trepar. Para de ler isso daqui e vai dar umazinha, pelo amor de deus.

Ok, isso não é uma música do Prince, mas seria hilário se você tocasse essa para outro atleta enquanto vocês estão transando depois de um encontro patrocinado pelo Tinder. Você acha que a pessoa vai deixar isso passar ou vai parar e falar “Ei, a gente não deveria usar drogas, né?” ou “Ei, você curte drogas? Eu tenho aqui.” Enfim, as Olimpíadas são um lance meio família e não queremos perder a linha falando sobre drogas, então vamos riscar essa daí e rumar para a melhor música sobre trepar do Prince, que é…

Dã. Agora é a hora de chorar baixinho enquanto o desconhecido do seu lado ronca alto. #Sochi2014!

Infelizmente, a “Wonderful Ass” e a “G-Spot” não estavam disponíveis no Spotify para essa playlist, provavelmente porque elas são muito sexy, então colocamos umas músicas bônus no mix. De nada.

Dan Rys está se sentindo sexy. Ele é editor sênior na XXL e você pode encontrá-lo no Twitter - @danrys