Revelamos os primeiros nomes do Lisbon Psych Fest 2017
Foto principal Josefin Öhrn + The Liberation. Via http://www.luger.se/press

FYI.

This story is over 5 years old.

festivais

Revelamos os primeiros nomes do Lisbon Psych Fest 2017

O festival lisboeta regressa ao Teatro do Bairro, a 7 e 8 de Abril. O melhor rock psicadélico da actualidade está garantido.

Temos resquícios de boas novas natalícias para ti. A viagem psicadélica do  Lisbon Psych Fest 2017 já tem data marcada e nomes no cartaz. A 7 e 8 de Abril, o Teatro do Bairro, em Lisboa, vai ser a casa da terceira edição de um evento já incontornável para aqueles que têm no rock de matriz psicotrópico-progressiva-experimental a sua tábua de salvação.

Os passes gerais, para quem gosta de tratar da vidinha a tempo e horas, já estão à venda e, para já, há um número limitado disponível a 20 euros. Não se despachem não!

Publicidade

Desde a sua estreia em 2015, o Festival, organizado pela produtora Killer Mathilda, já contou com concertos de bandas como The Vacant Lots, Dreamweapon, Desert Mountain Tribe, Black Market Karma, GNOD, The Underground Youth, Chicos de Nazca, ou 10 000 Russos.

De acordo com os organizadores, esta edição "pretende confirmar a vontade de apostar no actual revivalismo psych, em todas as suas vertentes, do shoegaze, spacerock, psych-folk, krautrock, ou synth-pop, ao neo- psychedelic rock, post-punk, rock experimental e noise".

O LPF '17 decorre mais uma vez no Teatro do Bairro, espaço de referência situado no centro do Bairro Alto, que outrora serviu como espaço da rotativa do Diário Popular e que, hoje em dia, é uma sala de espectáculos de excelência, dedicada à música, cinema e teatro.

"Com o desenvolvimento cada vez mais relevante da cidade de Lisboa como foco cultural de criatividade artística, o Festival contará ainda com artistas visuais convidados, bancas de vinil e merchandise, bem como DJs da cena underground lisboeta", acrescenta a organização.

A VICE Portugal está a bordo da nave Psych Fest e revela-te em primeira mão os primeiros cinco nomes confirmados.

Josefin Öhrn + The Liberation (SE/ Rocket Recordings)

Josefin Öhrn + The Liberation é a nova voz e promessa do rock alternativo da Suécia, país que não é alheio a uma longa tradição de música experimental e psicadélica. Ao buscar inspiração no ancião motto, do Livro Tibetano dos Mortos (Bardo Thödol) - "A grande libertação pela escuta nos estados intermediários" - Josefin Öhrn + The Liberation demorou pouco tempo para chamar a atenção nos circuitos musicais. Depois do EP de estreia, Diamond Waves, a Rocket Recordings foi lesta a lançar o primeiro longa duração, Horse Dance, em 2015.

Publicidade

Já este ano, chegou o segundo álbum, Mirage, com a banda a percorrer os caminhos da avant-pop, com referências tão díspares como Serge Gainsbourg, Broadcast, ou Saint Etienne, apropriando-se delas para fins claramente mais obscuros. Depois de uma digressão pela Europa a abrir para Goat, é com expectativa que esperamos pela estreia dos suecos em Portugal.

Dead Rabbits (UK/ Fuzz Club Records)

Os Dead Rabbits surgiram em 2011, são de Southampton, Inglaterra, e a sua sonoridade vai beber tanto rock sónico, estético e psicadélico dos Brian Jonestown Massacre, como à simplicidade dos riffs de Lou Reed, ou à poética psicadélica de Jason Pierce dos Spacemen 3/Spiritualized.

Foram das primeiras bandas a assinar pela Fuzz Club Records, tendo desde logo assegurado um lugar no primeiro volume do Reverb Conspiracy (co-editado pela The Reverberation Appreciation Society de Austin, TX), onde surge o tema "It's Only Just Begun". Entretanto, contam já com dois álbuns, The Ticket That Exploded (2013) e TimeIsYourOnlyEnemy (2014), onde os fuzzy riffs, órgãos hipnóticos e vocais atribulados são marca distintiva. Em 2016 vimos os Dead Rabbits lançar o aguardado terceiro álbum de estúdio, Everything Is A Lie, apoiado por duas digressões europeias no último Outono, a abrir para os americanos The Warlocks.

Orval Carlos Sibelius (FR/ Clapping Music)

Sob o pseudónimo enigmático "Orval Carlos Sibelius" esconde-se Axel Monneau, multi-instrumentista e compositor parisiense. Influenciado pelo prog-rock dos anos 70 (Pink Floyd, Popol Vuh), a pop assimétrica (Eno, Robert Wyatt), world-music espacial e pelos pioneiros da música electrónica (como Cluster e Terry Riley), Orval Carlos Sibelius lançou o aclamado álbum de estreia, Super Forma, em 2013, pela editora francesa Clapping Music. Uma espécie de parceria entre os Beach Boys e os My Bloody Valentine, no espaço, como apontava na altura o The Guardian.

Publicidade

Em 2016 chegou "Ascension", um LP mais sombrio, instrumental e minimalista, inspirado em Haroun Tazieff, que deslumbrou meio mundo com os seus filmes de estudos vulcânicos. Em 2017, Orval lançará "Ordre et Progrès", um novo álbum tão melódico como labiríntico e estará presente em Portugal pela primeira vez. No palco, surge agora um novo alinhamento formado por um quinteto recém-formado que irá levar a música de Orval para além da estratosfera, viajando sem esforço de asteróides pop afiados para galáxias multicoloridas.

Electric Eye (NO/ Fuzz Club Records)

Os Electric Eye são um quarteto de psych-rock, oriundo de Bergen, Noruega, que vai buscar inspiração tanto ao delta blues e às ragas Hindu, como ao space rock com recurso a drones. Na sua sonoridade encontramos várias influências, desde os incontornáveis Pink Floyd, a projectos mais recentes, como os Wooden Shjips, ou Flaming Lips, particularmente no álbum Embryonic.

O álbum de estreia da banda, Pick-up, Lift-off, Space, Time, saiu pelo selo da Fuzz Club Records em 2013 após ter sido lançado e distribuído na Noruega através da Klangkollektivet. Desde então têm sido presença assídua em diversos festivais como SXSW, Eurosonic, Iceland Airwaves, The Great Escape, ou Spot Festival, além de terem percorrido toda a Europa em digressões em nome próprio, incluindo um concerto memorável na segunda edição do Reverence Festival, em Portugal.

Acid Acid (PT/ Nariz Entupido)

Criado em finais de 2014, ACID ACID é Tiago Castro, homem há muito ligado à música, quase sempre do outro lado da galáxia, do lado de quem a comunica. Ao comando de sintetizadores, guitarras e pedais, revela-nos a sua faceta mais experimental e ambiental, sem perder o fascínio pelo psicadelismo, ou pelos melhores caminhos rock progressivo.

Das inevitáveis experiências pioneiras dos anos 70 do Krautrock, ACID ACID é um projecto que busca inspiraçção de Tangerine Dream, Cluster ou Harmonia, referências nos momentos mais ambientais de Brian Eno, ou Pink Floyd, mas que filtra tudo através de um mantra psicadélico de identidade muito vincada. É uma viagem que se sente.