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O Melhor e mais Confiável Guia dos Blocos Carnavalescos de São Paulo

O meu irmão é o Luiz Pattoli e ele é a chama viva do Carnaval de rua paulistano

Tá achando que a gente se pautaria a fazer essa lista? Não. Na real quem faz essa maravilha, anualmente, é o meu irmão, o Luiz Pattoli. Ainda lembro quando há seis anos ele chegou pra mim no Gtalk e falou, incrédulo, que não existia uma listagem de todos os blocos carnavalescos de São Paulo. Nem no site da prefeitura tinha. Eu acho que na época ele já chegou com a ideia de compilar todos os blocos num post no blog dele. Mas eu lembro que ele teve um trabalho do cão, saiu ligando pra uma galera para confirmar se tal bloco existia, quando saía, quais eram os dias, horários, etc.

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O mais engraçado é que eu nem preciso perguntar pra ele o porquê dele ter tido essa noia em ir atrás dos blocos de Carnaval. Lá em casa essa festividade pagã sempre foi uma parada séria. Não tinha um ano que a gente não pulava carnaval, ou ia desfilar, ou ia assistir as escolas no Anhembi, ou virava a noite vendo pela Globo, Manchete, com direito a acompanhar o Concurso de Fantasias do Hotel Glória. Então é natural que houvesse esse interesse pela cultura que rodeia esse que é o melhor feriado do ano.

O Luiz já teve a fase do Carnaval de Recife, de Caxambu, batia cartão na Vai-Vai e foi da diretoria da Camisa Verde e Branco (não confunda: a do Palmeiras é a Mancha). Mas essa coisa dos blocos de São Paulo pegou ele pela questão de que até pouco tempo São Paulo tinha fama de não ter Carnaval. E, olha só, não é verdade. São Paulo sempre teve blocos - aliás, muitas escolas de samba começaram como bloco. Mas ficava difícil saber que existia um circuito deles, já que não estavam catalogados. Foi isso que o Luiz fez. E tá fazendo até hoje, já é o sexto ano consecutivo e não tem um guia nessa cidade que seja tão completo quanto o dele - e eu não falo isso por ele ser meu irmão. A gente é nerd e ficava comparando a listagem dele com outros sites, e sempre falta um monte de coisa nos dos sites de balada - você sabe de quais estamos falando.

Ano passado foi a primeira vez que o paulistano entendeu de fato que rola um Carnaval de rua FORTE nessa cidade. A Vila Madalena ficou intransitável por vários finais de semana, a Lapa também, e fomos até à zona norte curtir um bloquinho. Mas esse ano o bloco da Pilantragi, que rolou no último final de semana, já deu a deixa do que está por vir. Então se você quer evitar as ciladas hipsters-publiça, ver umas paradas mais “carnaval de raíz” e ser realmente hipster (aquele que planta e moe o próprio café), ou vice versa, cola no post do Luiz lá no Churrasco Grego, que já conta com mais de 60 blocos catalogados - tudo com horário e endereço - e continuará sendo atualizado até o fim do Carnaval.