Foto por Vinícius MoreiraVindo da banca da Matrero – mais conhecida por revelar ao mundo o Síntese –, Ingles solta aqui com a turma do Noisey sua primeira track solo depois de sair do Distúrbio Verbal, “Resumo”. Depois de trocar rimas com o Neto do Síntese no EP não-oficial Buracos ao Chão, de 2013, o rapper de São José dos Campos encara o público sozinho em seu novo som. Aproveitamos pra trocar uma ideia com o britânico MC por e-mail – dê o play abaixo e vai lendo.Noisey: Por que você saiu do Distúrbio Verbal?
Ingles: Desde o nascimento da minha sobrinha tudo mudou em mim, acho que me despertou algo que ainda não havia aflorado. Isso me fez ver tudo diferente e redescobrir a vida. Desde então sinto necessidade de falar algo que não cabia na minha contribuição na proposta do Distúrbio Verbal. Essa postura de levar o que sinto adiante fora do grupo foi um dever que cumpri para comigo mesmo, e a cada dia me comprometo mais com tudo que vivo e alimento no meu cotidiano, não poderia ter sido diferente.Como é o desafio de entrar numa carreira solo?
É muita responsabilidade. A empreitada de quebrar o silêncio com a própria voz é de fato saber se o que se tem pra falar é realmente relevante. Essa resposta se acessa fácil quando se atenta ao que se sente e se sabe o que se quer. Mais do que tudo, devemos estar próximos de nós mesmos, perto da nossa natureza, do nosso âmago… A fonte da sinceridade nunca seca! Se manter parte desse movimento requer muita energia e compromisso com a humanidade.Deixa eu fazer uma pergunta que eu sempre quis saber: por que seu vulgo é "Ingles"?
[Risos] Quando mais novo fiz durante alguns anos um curso de inglês, e sempre tive um grande fascínio pelo rap americano. Por conta disso, quando comecei a escrever, escrevia em inglês. Isso aconteceu durante uma época de grande aprendizado e descoberta pessoal pelas vivências com os irmãos da Vila Band, minha quebrada. Um dos meus irmãos daqui, o Marcel, um dia me chamou assim por causa das primeiras letras, na época, e ficou. Foi bem nesse contexto de quebrada, e pá.Resume "Resumo" para gente em duas frases.
Veja como está o mundo… Só vive aqui quem ama.Você mostrou no teaser que trabalhou com muitos irmãos. Quem são eles? Qual é a importância deles pra você?
Decidi envolver mais pessoas no meu trabalho nessa nova fase, que agregassem para a obra com a energia e a essência das pessoas que são no convívio que precede a criação. Primeiramente, a base é de um irmão da França, o Kayo, produtor muito talentoso que me presentou com esse instrumental. Fomos gravar a voz no Estúdio Sete, com o Sérgio, irmão que me ajuda muito. Chamamos o Dedé para fazer os scratches e o Moita para mixar. Já tínhamos o vídeo gravado há alguns meses, que foi registrado e editado pelo Jean Furquim – nosso irmão Purê. Todo o planejamento e movimentação foi pensado juntamente com meu irmão Neto, que tem zelado por toda a produção artística dessa minha nova fase de criação, agora solo. É de vital importância pra mim tê-los por perto, e contribuindo com sua energia, talento e boas intenções para que a minha obra tenha mais e mais força, e cheguem a mais e mais corações.Depois desse som a gente pode esperar mais obras suas? O que você tem em mente pro futuro?
Podem sim. Estou preparando um EP solo agora, e tenho colocado muita energia nisso! Fora isso, tenho muitas músicas, muitas letras, muito material gravado e guardado. Quando sinto que é o momento compartilho alguns desses relatos com quem acompanha meus movimentos na internet. E qualquer hora quero fazer tipo uma “lost tape” de parte desse material. Porém, no momento estamos na fase final do processo criativo do meu primeiro EP. Tenho pensado muito nisso, e trabalhando para poder apresentar a todos da melhor maneira.Aqui é rap nacional:Veja o Clipe de “Surto da Insônia”, Faixa Nova do Motim'Estamos Vivos': Episódio 1 | Rincon SapiênciaO Primeiro DVD do Flow MC É SensaflownalCada Palavra Vale um Tiro: Veja o Clipe de “Sem Trava”, do Gasper
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Ingles: Desde o nascimento da minha sobrinha tudo mudou em mim, acho que me despertou algo que ainda não havia aflorado. Isso me fez ver tudo diferente e redescobrir a vida. Desde então sinto necessidade de falar algo que não cabia na minha contribuição na proposta do Distúrbio Verbal. Essa postura de levar o que sinto adiante fora do grupo foi um dever que cumpri para comigo mesmo, e a cada dia me comprometo mais com tudo que vivo e alimento no meu cotidiano, não poderia ter sido diferente.Como é o desafio de entrar numa carreira solo?
É muita responsabilidade. A empreitada de quebrar o silêncio com a própria voz é de fato saber se o que se tem pra falar é realmente relevante. Essa resposta se acessa fácil quando se atenta ao que se sente e se sabe o que se quer. Mais do que tudo, devemos estar próximos de nós mesmos, perto da nossa natureza, do nosso âmago… A fonte da sinceridade nunca seca! Se manter parte desse movimento requer muita energia e compromisso com a humanidade.Deixa eu fazer uma pergunta que eu sempre quis saber: por que seu vulgo é "Ingles"?
[Risos] Quando mais novo fiz durante alguns anos um curso de inglês, e sempre tive um grande fascínio pelo rap americano. Por conta disso, quando comecei a escrever, escrevia em inglês. Isso aconteceu durante uma época de grande aprendizado e descoberta pessoal pelas vivências com os irmãos da Vila Band, minha quebrada. Um dos meus irmãos daqui, o Marcel, um dia me chamou assim por causa das primeiras letras, na época, e ficou. Foi bem nesse contexto de quebrada, e pá.
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Veja como está o mundo… Só vive aqui quem ama.Você mostrou no teaser que trabalhou com muitos irmãos. Quem são eles? Qual é a importância deles pra você?
Decidi envolver mais pessoas no meu trabalho nessa nova fase, que agregassem para a obra com a energia e a essência das pessoas que são no convívio que precede a criação. Primeiramente, a base é de um irmão da França, o Kayo, produtor muito talentoso que me presentou com esse instrumental. Fomos gravar a voz no Estúdio Sete, com o Sérgio, irmão que me ajuda muito. Chamamos o Dedé para fazer os scratches e o Moita para mixar. Já tínhamos o vídeo gravado há alguns meses, que foi registrado e editado pelo Jean Furquim – nosso irmão Purê. Todo o planejamento e movimentação foi pensado juntamente com meu irmão Neto, que tem zelado por toda a produção artística dessa minha nova fase de criação, agora solo. É de vital importância pra mim tê-los por perto, e contribuindo com sua energia, talento e boas intenções para que a minha obra tenha mais e mais força, e cheguem a mais e mais corações.Depois desse som a gente pode esperar mais obras suas? O que você tem em mente pro futuro?
Podem sim. Estou preparando um EP solo agora, e tenho colocado muita energia nisso! Fora isso, tenho muitas músicas, muitas letras, muito material gravado e guardado. Quando sinto que é o momento compartilho alguns desses relatos com quem acompanha meus movimentos na internet. E qualquer hora quero fazer tipo uma “lost tape” de parte desse material. Porém, no momento estamos na fase final do processo criativo do meu primeiro EP. Tenho pensado muito nisso, e trabalhando para poder apresentar a todos da melhor maneira.
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