Na última quinta (22), eu ganhei um passe livre para fotografar o Marilyn Manson no primeiro show de sua turnê, em Silver Spring, Maryland. Com o lançamento do The Pale Emperor, depois de um longo hiato, esta foi a minha chance de ter um primeiro contato com a banda. Nunca fui muito fã do Manson; já gostei de algumas músicas, na adolescência, tipo “Lunchbox”, e já vi ele abrir pro Nine Inch Nails, mas quando ele entrou em modo superstar, eu estava ouvindo hardcore e screamo, ocupado demias pra me importar. Porém, esse cara é um ícone, e é claro que eu gostaria de ver este show.Depois de enfrentar a fila, que dava a volta no quarteirão (fiquei sabendo mais tarde que tinha gente esperando há mais de 20 horas), esperava alguma palhaçada roqueira dos anos 90. Não me desapontei. Com um set repleto de hits, Manson ainda trocou de figurino várias vezes (tanto o dele, quanto o do microfone). Com sua fúria peculiar, Manson ainda pediu para o público jogar suas drogas no palco, e solicitou que a plateia, formada por algumas moças de topless com letras escritas pelo corpo, chupasse seu pau. Como um verdadeiro rockstar, sempre que tinha algo na mão – seja um microfone, uma garrafa d’água ou um copinho de bebida – ele jogava no chão para alguém recolher.O show foi divertido para mim, que não sou fã, e fiquei até o final. Na saída, percebi a galera extasiada. Uma gótica suave adolescente me cutucou e perguntou se eu também tinha achado que este era o melhor show de todos os tempos. Algumas pessoas com quem conversei disseram que o vocal estava meio decepcionante (embora eu tenha achado bem ok). Perguntei se isso fazia o show ser uma merda e eles imediatamente responderam: “Não! O Marilyn Manson nunca faz um show ruim!”Todas as fotos por Josh Sisk.
Publicidade