Oi de novo Soko, sua fada nascida em Bordeaux, sua camaleoa, sua excêntrica magnífica. A última vez que trombamos com ela foi seis meses atrás, em Los Angeles, no último episódio do Made in America. Na época ela estava exaltando as energias positivas de sua cidade adotada – apesar de seu brilho de superficialidade, é um lugar onde ela encontrou um verdadeiro lar criativo.Talvez você não tenha ouvido falar da Soko, mas a cantora francesa fez sua primeira aparição em 2007 com a música "I'll Kill Her" (mais tarde sampleada por Cee Lo, aleatoriamente), e ela ainda é brilhante todos esses anos depois. Por causa de suas histórias coração-na-mão. Ela encara a queimadura de um menino que não liga, e a já idealizada fantasia de seu futuro (que coisa mais menininha de se fazer), e transforma em música, direcionando toda a sua raiva para a outra mulher que "roubou o [seu] futuro".Houve aquele momento em que a Soko desistiu da música em 2009 e voltou a atuar, mas, felizmente, ela mudou de ideia com seu álbum de estreia, I Thought I was an Alien, em 2012, dando ao mundo músicas como a Polaroid-pop "First Love Never Dies" e a fragilidade folk de "We Might Be Dead by Tomorrow".De qualquer forma, o ponto é que Soko tem um novo álbum saindo em março deste ano intitulado My Dreams Dite My Reality, que soa como a melhor declaração de missão para 2015 que já ouvimos. Ele também possui duas colaborações com seu amigo Ariel Pink, mas deixa isso pra lá – aqui está a primeira música do álbum, "Who Wears The Pants ??" (E sim esse espaço e o duplo ponto de interrogação é o jeito que ela quer.) É uma música agitadinha e confiante, meio new wave meio indie rock, que Soko chama de "definitivamente a música mais lésbica deste novo álbum".Ela acrescenta: "É quase como um protesto dirigido a todos aqueles demônios homofóbicos hipócritas, libertando-me de seu julgamento". Aí sim.