Rica Pancita analisa os lançamentos da sexta #86

E ae meu cidadão de bem.

Chegamos em agosto vivos, então primeiramente parabéns para nós por esse achievement. Segundamente, há uma mudança aqui no que tange a playlist. Tá ligado que além do texto tem uma playlist aqui, né? POIS MUITO QUE BEM. Agora só há UMA única playlist, que você pode seguir pois ela será sempre alimentada por novas músicas, permitindo curtir as mais diversas novidades na seara da fonografia e acompanhar toda a volatilidade do meu gosto musical ao longo do tempo. Após extensivo trabalho que, graças a Deus, foi um extensivo trabalho de outra pessoa, TODAS as playlists já estão unificadinhas aqui, juntas com os lançamentos de hoje.

Siga, ouça os sons dessa semana, ouça os sons da semana passada, meta um shuffle, faça loucuras de jovem. Pois você é jovem. E jovem faz muita loucuras.

AGORA OS LANÇAMENTOS

Robyn - “Missing U”
Boa faixa pop com aquela produção mais pro eletro que era aquele #frenesi na década passada, com a Kylie Minnogue e tal. A Robyn fazia também mas ela eu manjo menos. Curto bem esse tipo de som.

Emicida - “Selvagem”
Vi a repercussão que teve mas aqui num é coluna de analisar repercussão. Mas aí a música é boa sim. A produção & timbres & melodias são muito do bem trabalhados, 100% profissional. De ponto baixo fica o “uoooooooooooo ou” do Emicida que tá meio estranho eu mesmo indicaria tar evitando ao menos em gravações. De resto tudo show.

Interpol - “Number 10”
Acho que hoje bateu o saudosismo, porque essa eu até que gostei. Num é nível PRIMEIRÃO DO INTERPOL, mas é nível “se pá até entrava no Antics”. Nenhuma novidade, mas é boa.

Laboum - “Between Us”
Esse é o single “graças a Deus que tem a Coréia do Sul pra manter vivo o gênero Girl Band” da semana. Suingadinho pop-R&B-pé-nos-90 bem do gostosinho. Tem um b-side, “Love Game”, que é bom também mas menos bom.

Cavaleiros do Forró - “Coração Alcoolizado”
Forrózão altas categoria da semana. Batera moendo, metais, sanfoninha e todo o indispensável para o gênero forrózão top. Pois é top.

Death Cab for Cutie - “Autumn Love”
Eu chamo de rock bobildo. Nada que desagrade, mas nada que desperte grandes coisas também. É um rockinho que tá aí e se pintar no shuffle você vai deixar tocando porque nem percebeu que ela tocou. É o poder do rock bobildo. Para o estilo é boazinha-inha.

Machine Gun Kelly - “Loco”
É de trap aí (yeah). Achei até ok (yeah). O gravão (yeah) e o braulinho de cama rangendo (yeah) rolou legal, basicamente (yeah).

Travis Scott - Astroworld
Sendo essa a pior coluna de análise musical para quem procura se informar no subgênero Trap eu preciso informar que: é um disco de Trap. Agora vamo lá pra minha tão nobre opinião sobre um disco de Trap: começou desgracento, as duas primeiras faixas foram um esforço pra ouvir inteiro. A partir de “Sicko Mode” dá uma leve variada, uma leve sensação de novidade, um leve “opa será que dessa vez vai?”, que durou até “Wake Up”. Dali em diante ouvi totalmente disperso pela certeza que num vai é nada. Autotune, skrrt skrrt, esse #flow de trap, e todo o resto que tanto agrada os jovens ao redor do mundo e me põe numa incômoda, porém real, posição de tio que já passou da época. Faz parte da vida. Tem lá seus momentos, mas eu me auto-anestesiei pensando no que ia almoçar enquanto ouvia boa parte do disco. VEREDITO FINAL: é Trap.

Spiritualized - “Here It Comes (The Road) Let’s Go”
Som bem bobildo, bem tchubaruba, pézinho no indie 90. É até que boazinha, mas pessoalmente não me agrada muito quando é bobildo assim. Pode enfiar quantos efeitos de pedal e metais e o caralho que não fica menos bobildo não. Mas enfim, digo que é boa.

Becky G & Paulo Londra - “Cuando Te Besé”
Baladinha EDM-Reggeaton. Não é tão ruim quanto parece. Não curto, mas aí coincidiu. Mas é um popzinho bem do aceitável, ao menos.

Anavitória - O Tempo É Agora
Disco de pop BR bem pop BR, mas olha que foi até que uma audição bem agradável. Acho que ter visto do trailer do filme delas me influenciou porque achei o trailer muito do bonitinho, assim como o disco. Uma hora eu parei de prestar atenção na letra mas muito provavelmente tem “eu te amo” em todas as músicas. Enfim, tá menos “música de ukulele de abertura de canal de artesanato do youtube” e mais atualizadinho no que tá acontecendo no universo pop romântico de violãozinho. Porém com aquela produção 100% nacional, como se jogasse a Florence Welch pro Rick Bonadio produzir. O famoso água-com-açúcar mas tudo bem até.

Slaves - “Chokehold”
Brit-rockinho que é aquele lá de sempre. Tem gente que ainda gosta. Eu mesmo já larguei mão de brit-rockinho na década passada, mas enfim, vai de gosto. Okzinha.

Jaloo - “Céu Azul”
Sambinha. Produção eletrônica super modernex, mas no fim é sambinha. Novamente, vai de gosto. Novamente, okzinha.

----LANÇAMENTOS QUE EU REALMENTE NÃO GOSTEI NÃO----

Ivete Sangalo & Melim - “Um Sinal”
Quem que é Melim, pelo amor de Deus? Enfim, bem chatinha. Baladinha dessas de ukulele da Larissa Manoela, só que com base EDM da Larissa Manoela.

Zayn - “Too Much”

Pop batidinha muito manjadinha FEAT. um FEAT. muito manjadinho do Timbaland, fazendo aqueles gritinhos “hey” de fundo. Bem do qualquer nota.

Fernando & Sorocaba - “Cada Um na Sua”
Infelizmente (pra mim, pra eles tanto faz) num tem uma música mais #tchans deles desde “Bobeia Pra Ver” de 2014. Fica parecendo que tão fazendo música só por curtir mesmo, porque o dinheiro tá entrando (entrando bonito) e no fim das contas vai terminar no Top 100 mais executadas nas rádios. Baladinha acústica bem qualquer coisa, melodia manjadíssima, público cantando junto uma música lançada hoje. Aqueles esquema.

Sleaford Mods - “Stick In a Five and Go”
Tem uma base de baixo que eu gostei zero, e essa rejeição foi se espalhando por todos os outros aspectos da música. Gosto do jeito que os caras cantam, mas em cima dessa base aí ficou uma droguinha. Num ficou bom não.

Iggy Azalea - Survive The Summer
EP de trap que num engana. E olha que eu nem sou do trap. É o caso que a batida NÃO ORNA com o vocal. Não encaixa. Eu tô de boa e nem sei se agradaria a você, jovem do trap.

Rappin’ Hood - “Com Us Amigos No Peão”
Há uma sonoridade VELHA GUARDA principalmente quando os samples simplesmente não se encaixam. Dá até um saudosimo anos 90, TNT Records lançando qualquer coisa, ê tempo bom. Mas então: num ficou muito boa a música não.

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