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VICE News

O Massacre da Al Qaeda no Hospital no Iêmen

Em dezembro de 2013, em um ataque que foi que foi amplamente menosprezado pela imprensa em todo o mundo, atiradores da Al Qaeda, vestidos com uniformes militares, mataram 57 civis inocentes em Sana, capital do Iêmen, como se fosse uma tarefa casual.

Em dezembro de 2013, em um ataque que foi que foi amplamente menosprezado pela imprensa em todo o mundo, atiradores da Al Qaeda, vestidos com uniformes militares, mataram 57 civis inocentes em Sana, capital do Iêmen, como se fosse uma tarefa casual. O hospital Al-Orandi fica dentro do mesmo complexo do Ministério de Defesa, de onde, a al-Qaeda alega, teriam sido direcionados ataques aéreos. Em vez de mirar o ministério, no entanto, os homens da Al Qaeda mataram os guardas de segurança que ficavam no portão de entrada do hospital e depois passaram horas perseguindo calmamente os corredores, matando médicos, enfermeiras e os pacientes que encontravam. Em imagens sombrias captadas pelo circuito interno de segurança, um atirador é visto se aproximando de um grupo de funcionários do hospital, aterrorizados. A princípio, eles não se mexem e parecem até estar recebendo ordens, até o homem mostrar uma granada, puxar o pino e jogá-la para eles, como se estivesse jogando uma bola para um filhote de cachorro.

A Al Qaeda na Península Arábica (AQAP) normalmente evita atar civis e inclusive exerce um tipo de governança nas pequenas áreas que controlam o Iêmen. Isso explica por que até conta com certo apoio no país devastado pela guerra, mas quando as imagens foram pro ar na TV nacional, até os apoiadores da A Qaeda ficaram aterrorizados, e o grupo foi compelido a veicular um pedido de desculpa.  Num vídeo, o líder militar Qasim al-Raymi reconheceu “o nosso erro e culpa”, alegando que os nove atacantes  tinham recebido ordens para não entrar no hospital.  Ele continuou: “Nós oferecemos nossas desculpas e nossas condolências às famílias das vítimas. Temos plena responsabilidade pelo quer aconteceu no hospital e pagaremos um dinheiro sangrento para as famílias das vítimas”. Al-Raymi acrescentou: “Nós estamos continuando nossa Jihad”.