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A influência do Lado Sombrio da Força em 'Star Wars Battlefront II'

Com o roteirista de ‘Spec Ops: The Line’ no comando, um jogo de 'Star Wars' estaria pronto pra encarnar o mal?

Esta matéria foi originalmente publicada no Waypoint.

Entre o sombrio Rogue One e o super antecipado Os Últimos Jedi, a série Star Wars possivelmente nunca esteve tão bem servida. Definitivamente desde O Império Contra-ataca, pelo menos. Os diretores e roteiristas convidados para criar esses filmes estão sendo minuciosamente julgados por todos os fãs da série. Não seria diferente com o recém-anunciado Battlefront II, que terá uma campanha solo, algo que o primeiro game nunca teve. A história está sendo contada pelo escritor Walt Williams, de Spec Ops: The Line, o que significa que a sua expectativa deve ser medida pela sua opinião sobre esse jogo cult de 2012.

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Spec Ops: The Line, uma adaptação do clássico Coração das Trevas, de Joseph Conrad, passada na época da Guerra Contra o Terror em Dubai, trouxe uma quebra saudável dos temas de jogos militares patrióticos que foram padronizados por Call of Duty e outros games do tipo. Em Spec Ops, você não é um protagonista bonzinho. Até o fim do jogo, na real você é responsável por atrocidades e destruições imensuráveis.

Já a jogabilidade de Spec Ops: The Line, no entanto, é indistinguível de outros jogos de tiro da época, e boa parte do jogo é basicamente um simulador de assassinatos em massa, sem refletir a crítica que progressivamente é construída através da história.

Como esquecer da cena do fósforo branco em Spec Ops: The Line? Imagem: 2K Games

Walt Williams agora tem em mãos o universo de Star Wars, que é recheado de temáticas políticas. Rogue One é sobre um grupo de terroristas que decidem radicalizar e militarizar as últimas facções de resistência ao Império. Já o novo Battlefront II deve contar a história sob o ponto de vista do próprio Império. Sabemos que Williams sabe como mostrar o lado do vilão, mas será que a Disney vai deixar que ele conte uma história tão delicada e conflituosa como a de Spec Ops? Será que veremos um momento tão tenso quanto o incidente com fósforo branco do jogo?

Essa pergunta é importante. Battlefront II não é o primeiro jogo de Star Wars que é contado do ponto de vista do vilão, mas é a primeira vez que vemos os filmes expandindo os horizontes para mostrar narrativas mais sombrias desse universo. Williams precisa não só corrigir os erros de Spec Ops: The Line pra história funcionar, mas também não se acanhar em mostrar o niilismo opressivo dos Sith de um jeito que se contraponha à ação desenfreada da franquia Battlefront – que, pela sua própria natureza, tende a simpatizar com o militarismo. Caso contrário, os conflitos políticos do jogo podem levar a uma história bem desagradável para todos nós.

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