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275 dias sem ela: Marielle foi morta por milicianos, diz secretário de segurança do Rio

Criminosos se sentiram ameaçados pelas ações políticas da vereadora contra a grilagem de terras na zona oeste da cidade.
Folheto com a foto de Marielle escrito transformar luto em luta
Imagem: Reprodução / VICE Brasil

Nesta sexta (14), o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Pedro Gomes completa nove meses. Desde a noite do crime, em 14 de março de 2018, as autoridades foram pressionadas para que os responsáveis pelo crime fossem punidos o quanto antes.

Na quinta (13), policiais da Divisão de Homicídios do Rio de Janeiro começaram a cumprir mandados de busca e apreensão contra suspeitos supostamente envolvidos e ligados ao assassinato da vereadora.

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Em entrevista exclusiva ao Estadão, o secretário de Segurança Pública Richard Nunes afirmou que Marielle foi morta por milicianos que se sentiram ameaçados pelas ações políticas da vereadora contra a grilagem de terras na zona oeste do Rio.

"Os criminosos superestimaram o papel que a vereadora poderia desempenhar. Era um crime que já estava sendo planejado desde o final de 2017", declarou Richard, que assumiu a intervenção militar no estado em fevereiro deste ano. "O que leva ao assassinato da vereadora e do motorista é essa percepção de que ela colocaria em risco naquelas áreas os interesses desses grupos criminosos", justifica.

Também na manhã desta sexta, a Civil e o Ministério Público carioca cumpriram mandado de busca e apreensão na casa do vereador Marcello Siciliano (PHS), um dos primeiros acusados no caso Marielle. Com informações do portal G1, o material recolhido na casa de Siciliano será levado para a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), que investiga o caso.

Siciliano foi apontado por uma testemunha-chave durante o começo das investigações e acusado como mandante da execução junto ao ex-policial militar Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando Curicica. Apontado como miliciano e detido num presídio de segurança máxima no Rio Grande do Norte, Curicica nega participação no crime e disse em depoimento que o grupo de elite Escritório do Crime teria sido encomendado para matar Marielle.

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Assista ao nosso vídeo sobre o assassinato de Marielle Franco:


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