'Strafe' manda à merda os padrões binários de gênero

Strafe é um jogo de tiro divertido e bem old-school, com foco em explodir cabeças de alienígenas/demônios/caras malvados em geral o mais rápido possível. A história, que se passa em um universo alternativo em 1996, é narrada através de tutoriais em vídeos pixelados, texturizados e cheios de sangue por todos os lados.

Além disso, também tem as configurações de gênero do personagem principal, que define a voz que berra e grunhe enquanto você joga. Mas as opções não são binárias. Os desenvolvedores incluíram uma gama de gêneros pra se escolher. Você pode estar no extremo masculino ou feminino, ou em qualquer lugar entre eles, e Strafe considera todas as essas expressões de gênero.

A game designer (e contribuidora do Waypoint) Alex Zandra Van Chestein fez essa observação sobre Strafe ontem, no Twitter.

O pessoal da Pixel Titans, desenvolvedora de Strafe, queria que o jogo fosse o mais anacrônico possível – salvo esse (incrível) detalhe.

"Fizemos um jogos ultra violento que é uma carta de amor aos anos 90, mas não vamos fingir que tudo era perfeito naquela época", disse Thom Glunt, o diretor do game, por email.

"Na era de ouro dos jogos de tiro, boa parte do marketing era machista e tinha como alvo os moleques adolescentes. Acreditamos que isso tenha deixado muita gente desconfortável para jogar esses games clássicos, então quando fizemos o nosso, fizemos questão de incluir todos."

Não é a toa que a arte do jogo sempre mostra um protagonista sem gênero definido, para que seja impossível sacar onde o personagem se encaixa no espectro:

É só um detalhe? É. Os gêneros vão além de um eixo polarizado? Sim. Mas elementos inclusivos como esse significa o mundo para jogadores que não se sentem confortáveis em se enquadrar em padrões tradicionais de gênero – ou prefira até mesmo ficar totalmente de fora de um padrão.

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