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​Rock, coca, sexo e cinema: 'Vinyl' é a série do ano

Já vimos 'Vinyl'. É mesmo tudo aquilo de que estávamos à espera e, se calhar, até um bocadinho mais.

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Já vimos! E "Vinyl" é mesmo tudo aquilo que estávamos à espera e, se calhar, até um bocadinho mais. Descansem, não vamos entrar em modo spoiler, mas é que o episódio piloto da nova série da HBO - estreia às 2 da manhã de domingo, 14 de Fevereiro, para segunda-feira no TV Séries, em simultâneo com os Estados Unidos e depois repete às 22h45, no que será o horário definitivo - é tão bom, mas tão bom, que era impossível não virmos aqui meter um bocado de nojo.

Um gajo já está habituado a que as séries de televisão sejam hoje "quase cinema", mas este arranque de "Vinyl", realizado por Martin Scorsese - que é também o produtor e criador, juntamente com Mick Jagger, Rich Cohen e Terence Winter - não é "quase cinema", é mesmo cinema total e em estado puro. Mais. É o cinema de Scorsese todo junto. Excitante, dramático, violento, cómico, sexual, potente e esteticamente perfeito. E bonito. Muito bonito.

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Os anos 70 do rock, dos blues, da soul, das editoras milionárias, do disco, dos montes de coca, das orgias, do veludo vermelho, do punk a rebentar com o rock dos cabelos compridos, do mundo em mudança, dos excessos. Um mundo americano que está inscrito no nosso imaginário e que Scorsese transporta para o pequeno ecrã em tamanho "larger than life".

A década de 1970 foi de decadência, antes dos 80s chegarem e levarem tudo ainda mais além. Bandas como os Suicide, os New York Dolls, artistas como Bowie…subiam a um palco e, de repente, estávamos perante um mundo completamente novo. Tudo podia acontecer e, normalmente, acontecia. Elvis encontrou-se com Nixon, os Beatles acabaram e os Ramones e os Sex Pistols arrancaram de onde eles tinham parado. Só que mais agressivos. Mais reactivos.

Penses o que penses dos 70s, do seu excesso de cocaína, do seu excesso de maquilhagem, ou do seu excesso de solos de guitarra, "Vinyl" vai dar-te uma nova perspectiva sobre coisas que, ainda que velhinhas e aparentemente fora de época, fizeram do rock e da indústria musical aquilo que hoje muitas vezes já não é, mas gostava de voltar a ser: urgente, perigoso e viciante.

Se queres ter um cheirinho daquilo que de melhor se gravou nessa altura e perceber (mais ou menos) do que estamos a falar, dá uma espreitadela a esta playlist feita pelo Staff da nossa plataforma Noisey, como parte de uma série editorial dedicada a "Vinyl":