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Música

Discos: The Parkinsons

Estes gajos espalham sangue, suor, cerveja e rock.

Back To Life
Garagem
8/10 Oito anos foi o tempo que esperámos por um novo disco dos rockers mais londrinos de Coimbra. Tempo que chega (e sobra), portanto, para observarmos a mudança de adolescentes imberbes para a idade adulta. Pelo meio, muito foi dito, escrito e especulado — desde menções na Mojo (um dos 70 álbuns "must have") a comparações com os Pistols. Os Parkinsons cresceram. Ou melhor, amadureceram, tal como um vinho de boa casta. E a sua selecção de uvas traz-nos do melhor rock´n´roll, garage e punk (sim, leram bem) que por cá se faz. Malhas que nos tocam directamente no âmago, que nos transportam a tempos melhores e a finos numa qualquer esplanada, mas também feito de frustrações (ouça-se “City”, por exemplo) e dúvidas existenciais ("I can’t find myself in the science books, I don’t know who I am , I’m a body full of atoms"). Mas não temam: a agressividade e o "fuck off and die" estão lá em força. A trupe do Torpedo, Afonso e companhia continua fiel à máxima do good ol´dirty fun violence, sem olhar a meios, nem rodeios. Afinal de contas, a malta do rock é como o mais comum dos mortais, tirando o facto de ter o poder de nos transportar para outra realidade, bem mais cool e divertida do que esta e os Parkinsons são mestres de cerimónias em espalhar sangue, suor, cerveja e rock.