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Jihadistas Estão Chantageando, Torturando e Matando Gays Sírios

Conversei com Ram, um gay de 19 anos que precisou fugir de seu país depois de ter a homossexualidade descoberta e sua vida diretamente ameaçada.

Ilustrações por Cei Willis.

Mesmo entre os sofás de veludo e a iluminação suave de um dos bares mais badalados de Beirute, Ram estremece enquanto revive seu calvário. Ele desvia seus grandes olhos verdes dos meus para o tradutor, depois de volta para mim, falando baixo, mesmo estando a sós com a gente na sala.

“Acho que virei um alvo por dois motivos: por ser druso e porque sou gay”, ele disse. “Eles nos disseram: 'Vocês são todos pervertidos, e vamos matar vocês para salvar o mundo.'”

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O pesadelo de Ram, que aconteceu numa tarde quente de verão em Damasco, forçou o garoto de então 19 anos a fugir de seu país com apenas alguns dólares no bolso. Mesmo em Damasco, a fortaleza do regime de Assad – onde a elite continua dançando e bebendo em clubes noturnos exclusivos – a sociedade virou um lamaçal caótico onde gangues operam impunemente e grupos radicais islâmicos estão fortalecendo seu domínio.

Talvez fosse só uma questão de tempo até Ram ser escolhido como alvo. Ele é druso – membro de um pequeno grupo religioso que representa apenas 3% da população síria – e vem de uma família rica conhecida por apoiar o regime de Assad. Desde o começo da revolução, ele sabia que isso podia colocá-lo em risco. Mas sua homossexualidade sempre foi um segredo entre ele e seus amigos gays; ele nunca pensou que isso poderia finalmente forçá-lo a fugir.

“Recebi um telefonema do meu amigo”, ele relembra. “Ele me pediu para ir até a casa dele porque ele estava sem dinheiro e precisava de ajuda. Eu nunca recusaria nada que ele me pedisse, então fui direto para lá.”

Ram caiu numa armadilha.

“Quando entrei na casa, um cara grande estava esperando – ele tinha barba e estava segurando um aguilhão. Ele me disse para entrar. Fiquei com medo que ele me atacasse com aquilo, então obedeci. Aquela casa costumava ser um lugar de alegria e felicidade, mas assim que entrei, senti o cheiro de sangue.” O amigo que tinha ligado para Ram estava amarrado e sangrando no chão, junto com outro amigo que tinha sido enganado para vir até sua casa. Ram também foi amarrado e jogado no chão perto deles.

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Nas horas seguintes, Ram descobriria a extensão da tortura pela qual eles tinham passado.

“Um deles disse que tinha sido estuprado com um objeto e estava sangrando. Ele estava chorando por causa da dor, mas acho que também por medo que eles fizessem o mesmo comigo. Os dois tinham levado choques nos testículos com o aguilhão.”

Três horas depois, um grupo chegou à casa com uma Range Rover. “Sabíamos que eles planejavam nos levar para outro lugar, porque a casa estava numa área fora do controle dos rebeldes. Eles queriam nos colocar no carro e nos levar para o território do ELS”, disse Ram. “Quando eles me disseram para entrar no carro, vi uma chance. Eles não tinham amarrado minhas mãos direito e consegui soltá-las. Chutei o saco do homem que estava me levando e corri em direção ao mercado de rua. Eu sabia que o exército estaria lá e que os sequestradores não poderiam vir atrás de mim. Gritei por ajuda – eu estava descalço e minha camisa estava rasgada. Ao mesmo tempo, agradeci a Deus por estar vivo.”

Nas horas de confusão e medo em que ele ficou detido pelos sequestradores, Ram não conseguiu saber quem eram aquelas pessoas e por que elas estavam fazendo aquilo. Ele diz ter certeza que aqueles homens eram membros de um dos grupos islâmicos linha-dura que emergiram na Síria desde o começo da guerra civil. Ele disse que o homem que o amarrou na casa de seu amigo era sírio, não de Damasco, mas de Deir Ezzor, uma cidade mais ao norte que faz fronteira com o Iraque e que vem enfrentando alguns dos piores bombardeios do regime.

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Mais recentemente, o local tem sido o cenário de combates sangrentos entre as brigadas moderadas do Exército Livre da Síria e grupos islâmicos afiliados a al-Qaeda, como o Jabhat al-Nusra, o maior e mais conhecido grupo extremista na Síria. Ele acredita que os outros quatro homens que vieram buscá-lo com a Range Rover eram chechenos, facilmente reconhecíveis pelas roupas, cor da pele e língua. Eles também entraram na Síria em números consideráveis no último ano, tanto se juntando aos grupos extremistas já existentes como formando seus próprios núcleos.

“Tenho certeza que todos eram membros do Jabhat al-Nusra, porque eles falaram muito sobre religião”, contou Ram. “Eles ficavam me mandando dizer que Alá era o único Deus, e disseram que me matar era halal [permitido] porque eu era druso.”

Depois da fuga, Ram teve medo de ser capturado de novo e assassinado se ficasse em Damasco. Então empacotou alguns poucos pertences, juntou todo o dinheiro que pode e fugiu pela fronteira com o Líbano para tentar recomeçar a vida. Mesmo aqui, ele tem medo de ir até a área salafista da cidade, pois seu nome pode estar na lista de procurados dos grupos extremistas. “Minha única mensagem é que os radicais são uma ameaça para toda a sociedade”, ele disse. “Fico feliz deles não terem me cortado ou queimado e por estar seguro, por enquanto.”

Ram é um dos sete gays sírios que entrevistei em Beirute em setembro. Todos fugiram da Síria depois de ter a homossexualidade descoberta e as vidas diretamente ameaçadas no caos e radicalismo que engolfou o país. Mesmo agora, eles ainda têm medo de serem descobertos e capturados novamente, mas concordaram em falar porque acreditam que o que aconteceu com eles está acontecendo com muitos outros gays que continuam presos no país.

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No norte da Síria há incontáveis cidades e vilarejos onde o regime foi afastado pelos rebeldes, só para ser substituído por outro tipo de tirania, liderada pelos combatentes jihadistas estrangeiros que vieram para tomar parte no que eles acreditam ser uma guerra santa. No começo, quando as brigadas de mujahidin começaram a aparecer na Síria, eles afirmavam que sua missão era ajudar o ELS em sua luta contra Assad. Nos últimos meses, os grupos islâmicos vêm se voltando com uma ferocidade cada vez maior contra os rebeldes moderados que devia ajudar, o que deixou claro que esse nunca foi o caso.

Em muitas áreas dentro da Síria, grupos islâmicos estão formando verdadeiros estados islâmicos, exercendo controle social através de tribunais da charia estabelecidos por eles. Atualmente, diversos testemunhos e provas em vídeo de punições medievais e execuções brutais contra minorias religiosas, secularistas e pessoas acusadas de blasfêmia têm surgido. As histórias desses homens sugerem que esses grupos também têm visado homossexuais, ecoando o que aconteceu durante os dias mais tenebrosos no Iraque. Durante a insurgência da al-Qaeda contra a invasão norte-americana lá, gays eram regularmente mortos nas ruas em plena luz do dia. Naquela época, muitos iraquianos gays escaparam para a Síria, na época um dos países mais tolerantes do mundo árabe.

O reduto dos islâmicos agora é Raqqa, uma cidade entrincheirada nas margens do Eufrates no deserto do norte da Síria. A cidade vem ganhando uma reputação sombria, sendo o cenário de algumas das piores atrocidades cometidas no conflito, mas quando Shadi – um homem de 27 anos de Deir Ezzor – se mudou para lá no meio de 2012, o local era conhecido como uma das áreas mais seguras da Síria. “Tive que deixar minha cidade por causa dos bombardeios e das lutas”, ele disse. E ele não foi o único – dez mil civis de Deir Ezzor levaram suas famílias para Raqqa, na esperança de viver com alguma normalidade. Na época, a cidade estava sob o controle completo das forças de Assad. Não havia enfrentamentos, bombardeios e nenhum sinal de que isso pudesse acontecer.

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Mas em fevereiro deste ano, o Jabhat al-Nusra deu um golpe que estabeleceu o grupo como um dos mais poderosos da Síria. Em apenas alguns dias, eles derrubaram o controle do regime; foi a primeira grande cidade a ficar inteiramente nas mãos de um grupo rebelde.

O al-Nusra logo estabeleceu a lei islâmica em Raqqa. Um residente que conseguiu fugir da cidade recentemente informou que o grupo proibiu o fumo e está punindo homens e mulheres por usar calça jeans. “Um amigo meu tinha uma loja de roupas para grávidas mas teve que fechar o estabelecimento, o al-Nusra disse que ele não tinha permissão para atender mulheres”, ele disse.

Para Shadi, a ascensão do al-Nusra marcou o começo de um reinado de terror. “Tudo começou quando um amigo gay desapareceu”, ele disse. “Quando ele reapareceu duas semanas depois, ficou claro que ele tinha sido levado para um campo de treinamento do al-Nusra. Ele então começou a chantagear todos seus amigos gays usando fotos e vídeos nossos. Ele disse que podia nos matar simplesmente apresentando ao al-Nusra as provas de que éramos gays.”

Quando dois outros amigos de Shadi se recusaram a dar dinheiro ao chantagista, eles acabaram pagando com a vida. “Eles foram mortos com uma bala cada um”, disse Shadi. “Depois disso, boatos de que eles tinham sido mortos porque eram gays se espalharam pela cidade. Conseguimos encobrir a história no começo, dizendo que eles tinham sido assassinados porque eram informantes do regime, mas o cara do al-Nusra continuou tentando nos chantagear.”

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Cansado de esperar pelo dinheiro, o chantagista acabou procurou a família de Shadi e mostrou as fotos. “Meu irmão viu todas as fotos”, ele disse. “Perdi o contato com todos eles, exceto com a minha mãe.” Ele fugiu para um vilarejo fora da cidade, e de lá fez a perigosa jornada através da fronteira com o Líbano, por uma rota que o fez atravessar postos de controle tanto do al-Nusra quanto do regime. “Eu tinha medo dos dois”, ele disse.

Os chantagistas de Shadi exploram um medo que é quase universal entre a comunidade gay síria, o medo de que as famílias descubram. “A sociedade árabe não entende a homossexualidade”, Shadi explicou. Pesquisas confirmam; um estudo conduzido pela Pew Research Centre no começo do ano descobriu que só 3% das pessoas na Jordânia, o país ao sul da Síria, acham a homossexualidade aceitável.

Shadi acredita que seu amigo se juntou ao Jabhat al-Nusra como autopreservação. Mas qualquer gay que escolher se juntar aos extremistas está numa situação precária, e alguns farão qualquer coisa para manter sua sexualidade em segredo. Jihad, um homem de 28 anos de Homs, soube que sua vida estava em perigo quando alguns membros gays do al-Nusra começaram a tomar medidas extremas para encobrir sua homossexualidade. “Meu amigo foi assassinado depois de dormir com três membros do al-Nusra”, ele disse. “Os vizinhos disseram que eles o torturaram da uma até às 4 da manhã, depois atiraram nele – uma vez na perna, uma vez no lado do corpo, outra no ombro e uma na cabeça. Retirei o corpo da delegacia junto com a irmã dele e nós o enterramos.”

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Depois do assassinato, o nome de Jihad foi colocado na lista de procurados da al-Nusra. “Eles disseram que estávamos envolvidos em ações imorais, então colocaram nossos nomes na lista de pessoas que devem morrer”, ele disse. “Ao mesmo tempo, eu também estava na lista de procurados pelo regime porque curti a página da revolução no Facebook.” Hoje, embora muitos sírios tenham se unido aos grupos extremistas, a grande maioria dos jihadistas vêm de fora. “A maioria dos líderes do al-Nusra em Raqqa são chechenos, tunisianos ou sauditas”, disse Shadi. “Eles dizem que querem limpar a sujeira do país importando o islã. Todas as pessoas secularistas e minorias deixaram Raqqa. As únicas pessoas que ficaram lá são as que concordam com eles ou quem não têm outra opção.” Um dos homens que mataram o amigo de Jihad veio de um lugar desconfortavelmente inesperado. “Um dos caras do al-Nusra era inglês”, ele me disse. “Ele disse que tinha vindo para a Síria para limpar o país da corrupção.”

A maioria dos gays que saíram da Síria nos últimos meses queriam, como Ram, Shadi e Jihad, escapar da perspectiva de tortura e morte nas mãos dos grupos extremistas, que gradualmente vão fortalecendo seu controle sobre as áreas tomadas do regime. Mesmo em partes onde Assad continua no poder, a insurgência criou uma onda de criminalidade. Agora, famílias ricas vivem com medo de sequestros, e homens gays são particularmente vulneráveis.

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Steve é um damasceno de classe média que tinha um estilo de vida privilegiado antes do levante. Ele trabalhava com Relações Públicas, ganhava um bom salário e tinha um namorado, apesar de ainda ter que esconder sua sexualidade da família. Quando foi preso numa festa gay antes do levante, ele conseguiu usar suas conexões para que seu caso fosse encerrado.

Aí a revolução começou. “Tudo virou um caos”, ele disse. “Comecei a receber telefonemas me pedindo dinheiro, ou eles contariam para minha família que eu era gay. Troquei de número, mas as ligações continuaram. Tenho certeza que alguém da inteligência colocou meu nome em alguma lista, porque depois disso eu era parado e interrogado em todos os postos de controle do governo.”

Steve acabou pagando ao chantagista. Ele chegou a ficou noivo de uma mulher numa tentativa de acabar com os rumores que começaram a circular sobre sua homossexualidade. Mas eventualmente, o que ele mais temia aconteceu: ele foi sequestrado. “Dei a eles $600, meu celular e minha bolsa e eles me deixaram ir”, ele contou, “mas isso aconteceu de novo no dia seguinte.”

Temendo por sua vida e sem poder contar com o apoio da família, ele fugiu para Beirute. “Disse aos meus pais que as pessoas estavam espalhando esses rumores porque tinham inveja de mim”, ele disse. “Então acho que eles ficaram confusos – eles não sabiam o que pensar. Mas a homossexualidade não é aceitável nessa cultura, e agora criminosos usam qualquer fraqueza para fazer dinheiro.”

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Mesmo antes do levante, os homossexuais eram um dos grupos mais vulneráveis da sociedade síria, e isso os deixou à mercê tanto dos islâmicos que querem matá-los por razões religiosas como dos criminosos que querem chantageá-los. “Gays são os mais fáceis de se abusar, é por isso que são abusado em todo lugar, por todos”, disse Shadi.

Apesar da diferença de idade e de origem, todo os homens que entrevistei tinham duas coisas em comum: todos saíram da Síria sozinhos e nenhum deles acreditava que poderia voltar um dia. A rede de amigos gays em que confiavam ruiu, e seus familiares cortaram contato quando descobriram sobre sua homossexualidade.

Patricia el-Khoury é uma psicóloga de Beirute que fornece aconselhamento para alguns dos homens mais traumatizados que conseguiram escapar da Síria. Ela diz que é o isolamento deles que causa o maior impacto psicológico, e o que os torna ainda mais vulneráveis que as dezenas de milhares de outros refugiados que chegam ao Líbano. “A culpa está por toda parte quando falo com esses homens”, ela disse. “Eles sentem que são culpados por terem perdido suas famílias.”

Assim como Shadi e Jihad, Pierre, 24 anos, saiu de Raqqa quando o Jabhat al-Nusra tomou o controle da cidade em fevereiro. A família de Pierre não sabia de sua homossexualidade até o golpe, quando alguém deu ao irmão dele um vídeo onde ele aparecia fazendo cross-dressing. Ele contou ao resto da família e atirou em Pierre duas vezes na perna. Enquanto conversávamos, ele puxou a barra da calça jeans para mostrar uma grande cicatriz vermelha no tornozelo. “Esse tiro quebrou o osso”, ele disse.

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Quando descobriu que seu irmão tinha arranjado uma noiva para ele que e que já tinha marcado o casamento, Pierre fugiu para o Líbano. Ele não teve contato com sua família desde então. “Eu nunca vou voltar”, ele disse. “Só posso voltar se meus pais mudarem. Os amigos que eu tinha lá foram embora. Não há mais nada que me ligue àquele lugar.”

Viver como gay em Beirute, onde a cena e muito mais visível que na Síria, pode ser mais fácil de muitas maneiras, mas a cena aberta e, às vezes, extravagante da cidade também pode causar um choque cultural. “Apesar da Síria e do Líbano serem vizinhos, os dois países são muito diferentes socialmente”, Patricia me disse. “Essas pessoas de repente se viram num ambiente completamente diferente. Eles estão num ambiente mais livre, mas frequentemente não estão preparados para isso, então há uma tendência a extremos. Há muita prostituição na cena gay do Líbano, assim como abuso de drogas.”

Assim que chegou ao Líbano, Jihad se viu numa situação difícil. Ele não tinha dinheiro, poucos amigos e a família, com quem ele normalmente poderia contar, tinha cortado relações com ele. Quando ouviu sobre um emprego num dos banhos turcos da cidade, ele decidiu se candidatar. No entanto, Jihad logo percebeu que o emprego envolvia dormir com outros homens por dinheiro. “É como se vender”, ele disse. “Você não recebe salário, só gorjetas por transar com os clientes.” Mas no Líbano, um país que já sofre com o peso extra de meio milhão de refugiados sírios – e onde o custo de vida é estratosférico em comparação com a Síria – ele tinha poucas opções.

O ativista gay libanês Bertho Makso me disse que a maioria dos gays sírios atualmente no Líbano, ou ficam em hotéis baratos, onde dividem dormitórios com dois ou três estranhos, ou dormem nas ruas. Nas duas situações, eles ficam vulneráveis a roubos e abusos. Os sortudos encontram um amigo com quem podem ficar por curtos períodos de tempo. “O maior problema para eles é moradia”, ele disse. “O que eu quero fazer é alugar alguns apartamentos bem grandes em Beirute, lugares onde essas pessoas possam ficar até que consigam se estabelecer. Mas primeiro precisamos de financiamento. Isso iria custar $1,500 dólares por mês pelo aluguel dos dois apartamentos; essa é uma cidade cara.”

Enquanto a situação na Síria fica mais e mais caótica, refugiados de todas as origens continuam chegando ao Líbano. Algumas estimativas afirmam que, agora, um quarto da população desse país pequeno e politicamente frágil é formada por refugiados sírios. E mesmo que muitos libaneses sejam simpáticos ao que está acontecendo com os vizinhos sírios, uma sensação de ressentimento, raiva e medo de que o conflito atravesse a fronteira é palpável nas ruas da cidade. Os recentes atentados com carros-bomba e a luta entre sunitas e alauitas na cidade libanesa de Trípoli, no norte, inflamaram os sentimentos anti-sírios já existente. Os homens que conheci escaparam da morte, sequestros e tortura em seu país natal, mas ainda não estão a salvo.

“Em Beirute, não há problema em ser gay”, disse Steve. “Mas há muitos problemas em ser sírio. Não me sinto seguro aqui.”

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